Blogger Template by Blogcrowds

.

Para terminar o ano em beleza


A Cã foi hoje coercivamente impedida de continuar a sua linhagem. Apesar de ontem ter destruído um sofá de 2500€ (ainda agora estou a apanhar bocados de espuma), obviamente não posso deixar de me compadecer da sua inocência. Não querendo invocar aqui filosofias à la Planeta dos Macacos, não concordo em esterilizar para fins de controlo da natalidade. A Cã foi esterilizada para não perecer do mesmo modo que a sua antecessora (may she rest in peace).
O útero dela era muito giro. Lamento, mas veterinário não deixou fotografar. Desconfio que foi o almoço dele. Bem, Cã não pára de chorar, deve ter dores, a Becky está a prestar-lhe serviços de enfermagem (para as bestas que dizem que animais não pensam e não têm sentimentos, haviam de ver), deitando-se ao lado dela, lambendo-a e cheirando-a amiúde.
Enfim.

"Se soubesse o que sei hoje, teria preferido cachorrinhos."

PDA

Deve ser a coisa mais deprimente, um bando de desgraçados juntos à volta de um relógio, com álcool na mão, à espera de 12 badaladas, a engolir passas mesmo que se odeie, às vezes com pessoas com quem nem se gosta de partilhar uma viagem de metro do Campo Pequeno ao Saldanha, quanto mais. Manifestações da necessidade humana de acreditar que não levam uma existência tão patética assim. Uma noite como outra qualquer onde apenas se muda um dígito no ano. Às vezes mais.
Aos que ainda se dão ao trabalho de me convidar,obrigado. Talvez um dia eu tenha a liberdade de descobrir esse fascinante mundo das passagens de ano. Aos que acham que já não vale a pena, obrigado também. Também vou deixar de fazer coisas com vocês, porque acho que também não vale a pena. Aliás, se há alguma coisa que esta época estúpida que, felizmente, sexta-feira termina, nos ensina, é não fazer pelos outros aquilo que já sabemos que eles não fazem por nós. Apesar de não lhes custar nada, pura e simplesmente não merecemos o trabalho.
Até eu ter liberdade para decidir se quero jantar, se falo, se emito opiniões sobre um raio de um filme quando me apetece estar calada, se me visto de preto ou de encarnado, se uso calças ou saia, se saio agora ou daqui a 3 minutos, acho que a melhor companhia para esta noite fatídica é mesmo a minha.



Interpol, PDA.

Tá quase

Sábado acabam as férias.
Sábado começam as férias.

Nunca mais é Sábado.

Compreendo-o perfeitamente

Zoo Marine, nunca mais



Segundo a Wiki:

Main article: Rammstein discography
Ou seja, há esperanças de um grande concerto em 2009.

São 16





Da Ópera


Invocando os 200 anos do concerto de Beethoven em Viena, o Teatro Nacional de São Carlos trouxe ao Grande Auditório do CCB Fidelio, a única ópera do compositor alemão.

PROGRAMA
LUDWIG VAN BEETHOVEN
Fidelio, op. 72

Ópera em dois actos com libreto de Joseph Friedrich Sonnleithner, Stephan von Breuning e Georg Friedrich Treitschke segundo o libreto original de Jean-Nicolas Bouilly, Léonore ou l’amour conjugal.

ANJA KAMPE Leonore
SIMON O'NEIL Florestan
GREER GRIMSLEY Don Pizzaro
MATHIAS HOELLE Rocco
CHELSEY SCHILL Marzelline
MUSA NKUNA Jaquino

JULIA JONES direcção musical

ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA
JULIA JONES maestro titular

CORO DO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS
ANTON TREMMEL maestro convidado

Espanha, finais do século XVIII. Leonore, disfarçada de guarda prisional (Fidelio), tenta salvar o marido, Florestan, de uma morte certa numa prisão destinada a prisioneiros políticos.
Estreada numa versão em três actos intitulada Leonore no Theater an der Wien, em 1805, Fidelio sofreu de imediato a primeira revisão de que resultou a famosa abertura “Leonore”. A estreia com o título hoje conhecido deu-se, com grande êxito, em 1814 no Kärtnertortheater tornando Fidelio um título regular na programação dos teatros líricos. De novo à frente da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, Julia Jones dirige um elenco notável de solistas na apresentação desta ópera em versão de concerto.

Quase 3 horas em alemão, e apesar de a soprano estar constipada, não se deu por nada. Toda a gente se portou bem, não se ouviu nenhum telemóvel (!), algo raro nos tempos que correm.

É uma experiência fantástica para quem gosta de música clássica, porque não tem nada a ver o som ao vivo (dah). Pena que tivesse sido a versão de concerto.

Aqui fica a abertura:


Telemarketing

Uma bela invenção. Imaginem que têm um progenitor muito doente, e que acabou de adormecer (o que é extremamente raro). Imaginem que os poucos familiares interessados estão todos informados para não telefonarem para o fixo, para não o acordar. Imaginem que às 20h 14m soam os telefones, e que se precipitam para o atender para tentar minorar o barulho. Do outro lado uma voz de sra-do-do-campo-na-casa-dos-cinquenta (ou não fosse o indicativo de Beja), diz "Hermínia da PT comunicações, quero falar com o sr...", ao que eu respondo, o sr tal não pode atender, fala a filha, e tento dizer que não estou interessada, muito obrigada, mas sou interrompida por "ah, então é a mulheri". Irra. Não, é a filha, já disse, e não estamos interessados em telemarketing, boa noite obrigada."ANTÃO PORQUÊ?" pergunta a Hermínia, bastante enxofrada na sua postura de telefonista de excelência. Irra outra vez. Porque eu já disse que não. Com licença.
Desta vez ainda tentei ser minimamente educada, apesar da má educação da Hermínia. Mas face ao desfecho disto (progenitor acordado abruptamente e 5m a vomitar, desculpem a escatologia), palpita-me que para a próxima despacharei mas abruptamente. Irra.

Ramon, nos liga, miauuuu




A prostituição felina não está regulada no Código Penal. Contudo, acho que não deixo de ser proxeneta de felinos...

Porém, a mais valia é estar cerca de 2 semanas sem colocar as patinhas no antro. Ah, e sem gramar com estes vizinhos nojentos (grama-se com os outros, mas esses gramam-se melhor). E não ter apoplexias a gerir food and gas.
Allways look to the bright side.

Estou extremamente aborrecida.
Férias. Eu já sei como é. Duas semanas a levantar tarde e a olhar para os livros e a pensar, humm, amanhã ergo-me às nove e que bom que vai ser, o objecto do processo penal ali de seguidinha, que menina bonita que eu sou. Mas depois, há a logística do almoço, há os Simpsons e o Family Guy/American Dad e eu já sei que não vou pegar em nada antes das 3.30h. Depois está na hora de ir a casa da avó. E eis quando se regressa já se perdeu o sol e a vontade.
E não é só o estudar. São todos os planos. Hummm, vou tricotar um cachecol. Vai-se a ver e nem a lã se compra. Humm, vou ler carradas de livros. Vai-se a ver e nem da estante sairam. E etc etc etc.
No fundo, nem sei onde raio perco tanto tempo. E em Janeiro, quando perguntarem como foram as férias, a resposta será "curtas"!

OHHHH!Não estamos!

Realmente, que grande afronta! =P

Top 100 blogs portugueses segundo a twingly

Contraditório

A música do momento

Frases que ficam na memória

"OS FDP PUSERAM A FACULDADE À VENDA!"


Sr de pastinha, incrédulo, no parque de estacionamento, a olhar para a faixa do Vende-se.

É oficial

Acabou.

Quem diria

"Sou a verdadeira fada do lar. [risos] Por influência da minha avó materna, com quem passei uma boa parte da minha infância, além das normais tarefas domésticas, sei coser, cerzir e até fazer croché. E, já agora, também sei cozinhar maravilhosamente."


Cerzir!

v. tr.,

coser um tecido, de forma que se não notem as costuras.


Ah ah

OH CÉUS

A Byblos faliu. E já se sabe porquê. Fosse uma HM, um Continente, ou até uma Fnac, com joguinhos e ceninhas comerciais, ainda lá estaria. É certo, a localização não ajudou. Isso faz-me lembrar um episódio semelhante, aqui na terrinha. Alguém teve a ideia de abrir a primeira livraria em Estremoz. Espaço giro, grande, onde podíamos ir lá ver os livros, comprar cds de jazz, ouvir música e beber um café. Durou 4 meses.

A AAFDL fez finalmente uma coisa de jeito. Que foi colocar a piscina/campo de futebol à venda.
Sim, hão-de reparar que estão lá pintadas, em maísculas brancas e na diagonal a palavra VENDE-SE. Daí retiro duas ilações:

1) As letrinhas tão bem pintadinhas constituíram treino para as letrinhas pintadas na faixa que se encontra pendurada à entrada do nosso ilustre estabelecimento de ensino;

2) A AAFDL quer contribuir para minorar a crise. Como tal, decide colocar à venda um espaço que não se percebe para o que serve, uma vez que quem quiser alugar um campo decente basta atravessar a rua e ir ao estádio universitário, ou andar mais um pouco e disfrutar da piscina olímpica; e com o lucro permitir que a faculdade mantenha as suas portas abertas durante mais um mês (ou, quiçá, arranjar definitivamente os fechos das portas das casas-de-banho).

Se houver alguém com espírito de empreendimento, compra aquilo e transforma-o num bordel/motel. É que a quantidade de preservativos usados e putrefactos com que somos brindados todas as manhãs coloca-nos claramente a par das afamadas escadas do IST.

o "Você"

Desde pequena que sempre me fez confusão a diferença de tratamentos. Todos me tratavam por "tu"; porém, eu não podia responder na mesma moeda, sob pena de incorrer nalguma sanção disciplinar por falta de respeito.
Os meus pais por tu. Os meus avós por você. A minha tia por tu. Ora, sendo certo que passei a maior parte da infância com os meus avós, não percebia por que raio os tratava por você e à minha tia por tu, se viviam todos na mesma casa, eram todos mais velhos que eu e todos me tratavam por tu. Uma questão de respeito, disseram os meus pais. Mas vocês não merecem respeito também? Não é isso, somos mais tolerantes e não somos tão velhos. A idade merece respeito. A idade pede o "você". Com as minhas outras tias nunca tal problema se colocou: você e tá a andar, nunca houve confiança para mais.
Eis que entro para a escola (escola de queques, como os meus pais gozavam sempre), e sou confrontada com uma estranha realidade: pais tratam filhos por você, filhos tratam pais por você, colegas tratam colegas por você, irmãos tratam irmãos por você. Deixei de perceber a lógica.
Poucas são as pessoas com quem agora me dou que tratam progenitores e afins por você. Avós, quase todos tratamos, porque respeitinho é bonito e eles gostam. Mas pais? Seres que habitam connosco na mesma casa? O que é que o tratamento por você iria implicar? Mais respeito? Nah. Não respeito mais os meus pais só por os tratar por você. Cá para mim, é tudo uma questão de distância. Pais não se misturam com filhos, logo há a barreira do tratamento respeitoso a demarcar. Triste sinal esse. Bem como o tratar as criancinhas na terceira pessoa ("O que é que o Guidobaldo tem? Não mexe! O brinquedo é do Guidobaldo!"). Talvez tenha tudo a ver com a nova educação que se dá às criancinhas. Elas é que sabem, elas é que mandam. Bater não, que é feio e pode vir um sr do MP acusar publicamente de maus tratos. Ralhar também não, traumatiza. Castigos são anti-pedagógicos. Enfim.

Lindo país onde vamos habitar daqui a 10 anos.


Acho que nunca tratei nenhum familiar directamente por "você". A minha mãe matava-me. Aqui entender "você" como tratamento da segunda pessoa do plural, ou seja, tratamento respeitoso :P.

Pois sim

Ou pois não. Pois pois pois.
Trevos. Um canteiro é um mini-eco-sistema.
Por que raio haverá tantas cadeiras nesta sala, I wonder, se isto nunca enche.
Aquele sr não tem nariz.
Esta senhora tem ar de ter fugido duma ala psiquiátrica. Onde comprará a roupa, I wonder.
Esta sala é muito estado-novo.
Por isso é que o estado é velho.
Hum, um autocolante de produtos alimentares na janela.Passaram o prazo em 2006, esta gente não limpa isto? IRk. Imagino as casas-de-banho.
.
..
...
....
.....
......
.......
........

Enfim, acabou.

Afinal demitiu-se

São Martinho

Não houve vinho. Aliás, acho que nunca houve.
É o que eu chamo uma tradição de escola primária.
O dia foi passado a pelicar.
Em Carcavelos já é Natal. Há estrelas nas árvores.
Os putos de hoje não sabem a sorte que têm.
No catálogo da Toys'r us há bacios com música.

Porém, houve castanhas.


Foram elas. New puppy for them. Bah.

No surprises



Alguma coisa de jeito haviam de fazer

Já que não posso ir

Ontem

Vento+ um ser tradicional desprevenido+ uma info-excluída desgraçada = muita gente a apanhar folhas manuscritas na cidade universitária; eu a rir tanto que fiquei sem reacção decente.


Tenho para mim que a culpa foi das botas. Miauuuu

My stylus is my lightsaber

Estou terrivelmente deprimida

E mais não digo.

A minha reforma

Será assim:


http://www.presidencia.pt/multimedia/osdiasdopresidente/



Mas na parte da Simone, temos Metallica, Muse... Ou o que decentemente se mantiver até lá.

Para onde vai a memória das pessoas que morrem?

É mentira dizer que perdura nos que cá ficaram.
Não.
Porque há todo um mundo que só ela sabia. Ninguém a conheceu verdadeiramente bem. Nem ela.
O desperdício de cérebros. De experiências e saber que fica lá para sempre encerrado, perdido. Como um disco rígido que ardeu. Um arquivo que emperrou.
Tantas coisas por contar. Tantas experiências por partilhar. Tantos livros por serem escritos. Conta-me as tuas músicas preferidas, o que sentiste quando foste a esta rua pela primeira vez, o que querias ser quando eras pequeno, o que afinal nunca arranjaste tempo para fazer. Pensaste sempre que tinhas o amanhã, mas esse amanhã pregou-nos uma partida.
Tudo o que sou hoje devo-o a ti, e contudo penso que seria uma pessoa tão melhor quanto mais tempo tivesses cá ficado. Deixaste-me demasiado cedo.
Mas obrigada pelos livros, pelos discos, pelos albuns de fotografia, pelos escritos que deixaste.

Fazes-me falta. Tanta

Constatações inúteis

A Aspirina patrocina a nova novela da TVI.

Por que será?

Rotina

Todos os dias saio de casa pela mesma hora. Nunca antes das 7.30, nunca depois das 7.34, senão corro o risco de dizer adeus ao comboio.

Todos os dias vou apanhando pelo caminho as mesmas pessoas. Quase que nos podíamos cumprimentar,tal é o nosso entendimento.
Na rua que vai dar à estação, há árvores dos dois lados. As copas tocam-se lá em cima e o chão tem um tapete de folhas. É de sentido único, e ninguém vai pelos passeios porque geralmente estes tão ocupados por carros.

Duas casa, lá para o meio. Em cada uma habita uma velhinha. Sempre à janela, a verem quem passa, a falarem uma com a outra.

Hoje:

"-Ena, tanta gente apressada. Hoje vêm atrasados. Já não chegam a tempo.
-Chegam, pois.
-Chegam? Então que horas são?
-7.46.
-Ainda têm 2 minutos, pode ser que dê, força."



Pensavam que era outro post a mandar vir com condutores que não cumprem? =P

Blog Action Day

O tema do Blog Action Day deste ano é a pobreza.

Um tema bem escolhido, uma vez que cada dia cada vez mais empresas declaram falência, e milhares de pessoas ficam desempregadas. Famílias inteiras por vezes.
Mas isso já todos nós sabemos. Todos nós sabemos o que é o terceiro mundo. Todos nós sabemos o que é passar por gente a pedir na rua. Todos nos cruzamos, nos transportes públicos, com gente a pedir. Muitos de nós conhecem alguém que ficou desempregado, de um momento para o outro, e agora não consegue pagar as dívidas. Tudo o que construiu até ali não vão passar de meros resquícios de sonhos futuros.
Em Madrid,todos os dias, na praça Cibelles, passava por um sr que, já de manhã cedo, lá estava, de joelhos, cabeça baixa e mão estendida, com um cartaz que dizia que era padeiro e não conseguia arranjar emprego depois de ter sido despedido. Ele não pedia dinheiro, pedia principalmente emprego e algo para comer.
Uma amiga minha contou-me (e eu acreditei nela) que uma vez, no metro do Saldanha, muitas pessoas a sair, e um sem-abrigo, à saída. Que também pedia dinheiro. Alguém apressado lhe dá um encontrão, o que fez o sr cair. Prontamente foi ajudado, mas nisto, uma hospedeira da Tap (ia fardada) que também ia na levada de gente, exclama "Paizinho!". Parou tudo a ver (tipo, novela da tvi ao vivo). Resumindo: a sra há muito tempo que não vinha a Lisboa, tinha perdido contacto com o pai, que tinha saído de casa após divórcio, enquanto que o sr ficou tão deprimido com a mudança de vida que deixou de conseguir trabalhar, perdeu casa, amigos,tudo. A filha levou o pai para casa.

Todos nós estamos sujeitos a que isso nos aconteça. Mas também sabemos que não é viável ajudar todos os que nos estendem a mão no caminho. Contudo, há ONGs que prosseguem um importante trabalho, e para além de as louvarmos, podemos sempre colaborar com elas. Exemplos são a KIVA e o Banco Alimentar Contra a Fome.

Infelizmente haverá sempre pobreza, mas com pequenos gestos é possível minorar os danos.


Estava eu hoje quase a chegar a casa, carregadíssima e a rezar para que o saco do pingo doce não rebentasse com o peso, quando me aconteceu algo que me fez ficar extremamente irritada e capaz de actos de vandalismo atroz.
Tinha iniciado a travessia da rua que vai dar à praceta onde moro, rua essa que dá à vontade para circularem 2 carros em sentidos inversos, e estando estacionados outros em segunda fila. Rua larga portanto. E estava eu a atravessar numa passadeira. Passadeira essa que está ali desde que me lembro. Passadeira essa muito bem sinalizada. O problema da passadeira é que é capaz de ficar a 5m de um cruzamento. Bem, eu estava quase a chegar ao fim da travessia,o braço dormente do peso, e a andar relativamente depressa, quando vejo um carro vindo do cruzamento numa velocidade pouco recomendável ter que travar de repente e já quase em cima de mim. Eu olho para me certificar que o carro tinha parado, até porque ele podia perfeitamente passar pela faixa da esquerda para se desviar, uma vez que a rua estava deserta, mas sem sequer abrandar o passo. E nisto a besta buzina-me. A BESTA parada buzina-me. Eu paro, volto para trás e olho e ele faz um ar nojento, ri-se e buzina outra vez e faz o gesto com o casco de desculpa e aponta para dois putos nojentos, sem cadeira nem cinto, que iam a frente e atrás no carro. Eu berro à besta que isto é uma passadeira, não tem nada que buzinar. E ele faz o gesto outra vez, enquanto mantém o sorrisinho nojento, os putos se riem e ele torna a apontar para o puto de trás. Não percebi se ele estava a dizer que buzinou porque o puto nojento se tinha, perdoem a expressão, borrado nas calças, se os putos pediram para buzinar, ou se estavam com pressa para ver o noddy, whatever. Eu continuo a andar, já no passeio, quando vejo o gajo a ultrapassar-me, sempre a olhar para mim, e depois a fazer inversão de marcha. Depois pára o carro e fica a olhar para mim, com o mesmo esgar nojento. Ora, se a criatura habita ali, o problema resolve-se bem com uma chave, uns risquinhos na pintura metalizada nunca fizeram mal a ninguém. Pode ser que isto amanhã já me tenha passado, mas ainda estou a tremer com a fúria e não gostei anda do risinho do gajo, e odeio, mas odeio mesmo, que me buzinem numa passadeira quando eu já estou a atravessar e a andar depressa.

Crime público

Os Gato Fedorento ofenderam gravemente o PR. Ok, não o injuriaram directamente. Mas se fosse eu ter-me-ia sentido ofendida. Logo, será que aquele artigo do Código de Processo Penal, que não possuo, postulará situações como esta? Veremos o MP em acção? Ou é só um artigo para encher códigos? Hum.

Por falar em Códigos de Processo Penal. A crise é tanta que hoje eramos 5 numa fnac, todos em busca dele. Cada um que chegava ficava a olhar com desalento. Depois vinha o par e dizia, então, aqui também não há? Mas tá aqui um. E depois levava o berro este-é-de-penal-e-eu-quero-de-processo-penal-não-percebes-nada-disto.

E que tal fazerem mais uns, hum?

1. Adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas.
2. Não invocar o Seu santo nome em vão.
3. Guardar os domingos e festas.
4. Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores).
5. Não matar (nem causar outro dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo).
6. Não pecar contra a castidade (em palavras ou em obras).
7. Não furtar (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo).
8. Não levantar falsos testemunhos (nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou difamar o próximo)
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.

1. Coisas, atenção. Toda a realidade figurativamente delimitada a que o Direito atribui um estatuto historicamente determinado para os seres inanimados. Ou seja, amar Deus acima do plasma, mas não acima do Hitler.

2. Não, credo, santíssimo nome de Deus!

3. Guardo-os no frigorífico, na prateleira debaixo do congelador. Acham que ficam lá mais resguardadinhos.

4. Eu honro o Fauto Quadros, que é meu legítimo superior. (pera lá, "legítimo"? isso implica averiguar a legitimidade...mau...tão e aquilo de que se uma ordem for crime, bláblá, não cumprir? não tamos a honrar o legítimo...Inferno connosco).

5. Dano. Na alma. Ui, tanta gente que vai para o Inferno só de eu olhar para elas no metro.

6. Em obras. Hum. Hum. Vamos lá a ver, castidade

do Lat. castitate


s. f.,
qualidade do que é casto;
virtude da pureza.

casto

do Lat. castu


adj.,
que tem castidade;
puro;
cândido;
inocente;
lídimo;
isento;
sem mácula;
intacto.
Ou seja, os srs pintores renascentistas, e não só, atentaram contra a castidade de vários milhares de pessoas ou longo dos séculos. Porém, tiveram honras de Igrejas. Hum, algo não faz sentido.

7. TOMA TOMA, SRS QUE SE APODERARAM DA MINHA MÁQUINA. VÃO PRÓ INFERNO. QUE MEDO. UHHHHH. E o Antro também vai pró inferno, que anda a reter os meus bens injustificadamente.

8. ERA ESTE QUE ME FALTAVA, PAH! O meu preferido. Ora, os testemunhos verdadeiros já são pesados, quanto mais os falsos! Além disso, vai contra muitas regras do direito civil, penal e processual. Positivismo acima de tudo!

9. Porém, homem já podem desejar. E criancinhas do próximo também. Mas relaxem, é só do próximo.Proximidade é um critério indeterminado, mas convenhamos, há limites.

10. Primeiro, não me posso apoderar delas. E agora não posso cobiçá-las. Não sei porquê, vai um bocado contra a lógica de mercado. Eu tou sempre a cobiçar muitas coisinhas da Fnac. Pronto, vou pró Inferno.

E a sorte é que já não há Limbo

Eles voltaram

"'That's the way it's done,' the Queen said with great decision: 'nobody can do two things at once, you know. Let's consider your age to begin with--how old are you?'

'I'm seven and a half exactly.'
'You needn't say "exactually,"' the Queen remarked: 'I can believe it without that. Now I'll give YOU something to believe. I'm just one hundred and one, five months and a day.'

'I can't believe THAT!' said Alice.

'Can't you?' the Queen said in a pitying tone. 'Try again: draw a long breath, and shut your eyes.'

Alice laughed. 'There's no use trying,' she said: 'one CAN'T believe impossible things.'

'I daresay you haven't had much practice,' said the Queen. 'When I was your age, I always did it for half-an-hour a day. Why, sometimes I've believed as many as six impossible things before breakfast. There goes the shawl again!'"


Bem, sempre me interroguei como será possível acontecerem 6 coisas impossíveis antes do pequeno almoço, se é praticamente das primeiras coisas que fazemos quando começa o dia. A menos que:

. O despertador não toque Digam o que disserem, eles tocam sempre, podemos é não ouvi-los

. Nos viremos para o lado e demos de caras com o Brad Pitt Querias, não era?

.A alacatifa tenha mudado de côr

.Todas as aulas apareçam miraculosamente passadas a limpo

.Constatemos que estamos de facto bem-dispostos, porque dormimos bem, sem qualquer interrupção aspiradora

.Apercebemo-nos que os últimos 5 anos não passaram de uma vil mentira, e que jamais os meus membros inferiores atravessaram as portas automáticas do Antro, e que eu fui para arqueologia, ou melhor, engenharia informática, recebi Bolonha de membros superiores abertos e agora sou uma profissional inserida convenientemnete no mercado de trabalho.

Ahah

O tanas

Pois é, isto tá muito paradinhoPodia escrever sobre o facto de ser a maior otária da sociedade, uma vez que continuo a entregar às autoridades devidas artefactos valiosos encontrados no chão, enquanto que os meus ficam na alegre posse de quem os ocupou.
Ou então sobre a alegria de fazer crescer sementes vindas de um mosteiro longíquo nos confins duma serra,mas nah, muito new age.
Ou sobre o facto de TODOS os funcionários do Museu Nacional dos Coches virem de um centro de reinserção social, e de como é uma vergonha o museu mais visitado do país ter funcionários que se portam pior que os meus colegas da 3ª classe na Xira Infantil.
Ou sobre o facto desses mesmos funcionários não cobrarem entradas arbitrariamente.
Ou sobre o facto de que tudo recomeçou, quiçá pela última vez, e que para o ano me aguarda o fascinante mundo de passar códigos de barras por um leitor de infra-vermelhos. Para o ano é que é, responsabilidadesinhas a sério, depressões a sério, venha o Prozac, que isto de ficar deprimida por me erguer as 6.50, apanhar um comboio cheio de gente otária, gramar um metro enlatado, desesperar por um mísero café e mergulhar no antro de simpatia e boa disposição que é a minha subturma, não dá com ninguém. Mas sejamos sinceros, lá calor humano não lhe falta.
Sabem, eu até sou uma mocinha com certos e determinados interesses que julgo serem interessantes para o público em geral, passo a redundância. Até gosto de ler livros decentes, ouvir música variada e desconhecida, até estou a par do panorama cinematográfico e tal. Só que não tem havido disposição. Rien de rien.
A bem da verdade,nunca a houve, desde o início disto.

I wonder

Terão as vacas chinesas os olhos em bico?





A minha querida irmãzinha está num pânico total devido à crise do leite chinês. Berra feita histérica que tudo tem leite e que é nojento, e que vai morrer, e que, e que, e que.

Pessoalmente, acho que é mais alarme que outra coisa qualquer. Não me vou pôr a deitar coisas fora apenas porque na proveniência diz "CE"...Há que confiar na ASAE, lol.

A propósito de coisas nojentas que comemos, gostamos e não queremos saber do que são feitas:

http://bestwellnessconsultant.com/2008/09/23/1996-mcdonalds-hamburger-karen-hanrahan-best-of-mother-earth.aspx


Isto sim, é nojento.




Metallica, The day that never comes

Férias




Quadros, jardins e palácios. Houve uma parte que meteu água e areia.

No resto do tempo limito-me a existir.

Die Rentrée

Tirou-se um mês para salvaguarda da sanidade mental.




Não resultou.

Frases

"Se pudesse, comia-a toda a noite".


Acreditem, mesmo no contexto é um bocado estranha.

Ad relictum

Falta uma semana para acabar aquilo. Aquele corredor do metro que já não posso ver, as escadas, a porta automática que tarda em abrir, eis-nos dentro do Antro. Onde uns são humilhados e outros favorecidos admnistrativamente. Mea culpa, tinha direitos de créditos antigos para cobrar e ainda não entrou em mora. E eis que depois, um mês e tal de férias. Férias as in, não ter que ir lá, ai tão bom, mas 4 semanas já estamos a suspirar pelas cadeiras duras e partidas dos anfiteatros, pelas sras mal encaradas dos bares e até que sejamos mal tratados na secretaria. Vale tudo para prolongar o sofrimento. Porque em casa são as mesmas paredes para que se olha, os livros já não apelam, e nem as novas tecnologias nos alegram, ainda que momentaneamente a existência. Vemos séries atrás de séries, filmes; enfim, cedemos ao capricho madrugador das leituras existencialistas, ainda que seja apenas para tentar combater as insónias que 42ºdiurnos à sombra provocam no clima nocturno. Pensamos quem me dera tar na praia, mas chegados lá só nos queremos ir embora, a seca dos outros, eles é que são infernais. Pensamos, quem me dera estar não sei onde, ver museus, ouvir outras línguas, etc, e depois só queremos regressar ao avião, bitte bitte, que saudades do urso de peluche gigante.

A minha falta de interesse na existência (humana, canina e felina), poderá ter a ver com a falta de hemoglobina no meu sangue? O meu passivo terá um fundamento médico-legal? É certo, só eu sei como me sinto, as tonturas, o ser de repente como uma folha de papel, as dores de cabeça que nem os olhos permitem ter abertos, mas no fundo no fundo, I don't give a damn. Tudo o que digo é feito ao contrário. Se calhar vou passar a falar ao contrário,tipo sim, deixa isso lá fora, assim é que é, lógico, não é? Hum, vejo surgir a sua vontade de me contradizer,não a contradiga você também, faça como o seu coração lhe diz.

Por falar em coração, segunda enterrou-se o Código Civil. Quem diria que havia de ir primeiro que eu? Tantos momentos bem passados...





Tempus lugendi, Código Civil. Tempus lugendi.

O Heavy Metal veio à cidade



Podia começar com um grande preâmbulo, e no princípio foi o meu pai que disse que me deixava ir ver Red Hot Chili Peppers ao atlântico e de véspera não deixou, e depois houve ainda Incubus; sim, podia recordar-me das noites de concerto passadas afinal na minha cama a olhar para poster mal colados na parede (damn you super pop), e a jurar que um dia havia de ver tudo o que quisesse ver.
Também poderia mencionar a primeira vez que ouvi Iron Maiden, o grupo por excelência do heavy, que só os meninos maus ouviam, srs cabeludos a tocar, não não não, meninas como tu não ouvem cá disso.
Mas primeiro ouviu-se Iron, passa-se para Metallica e afins e torna-se um aficcionado das guitarradas como deve ser.
Entretanto, a bem do grau académico, é-se-me concedida mais liberdade (intelectual e não só) e começa-se a poder ir a concertos a sério. Primeiro sozinha e com grandes histórias inventadas para contornar o telefonema habitual e a eventual rouquidão no dia seguinte, depois com mais liberdade (quiçá o status de um evento como o RIR possa proporcionar; aí não vamos chatear a primogénita mesmo que ela oiça grupos com nomes que tenham a ver com cemitérios, desde que leve a maninha mais nova atrás).
Agora estou uma mal habituada de primeira apanha, mas sim sr, há lá felicidade que se compare a ver um concerto, mein goth, os metallica tão a tocar a nothing else matters neste momento e aqui, sabe-se lá quanta gente está neste preciso momento a ouvir esta música, porém eu tenho-os mesmo à frente; o Mathew Bellamy está mesmo à minha frente, ele tocou na minha caneta, ele falou comigo, mein goth, mein goth.
Certo, depois há aqueles arrependimentos brutais, estúpida do #!*#, devias ter ido e não foste, e agora quando é que eles voltam, mas felizmente são poucos (mas significantes, sniff).

Preâmbulo à parte, fomos a Iron Maiden. Valeu a pena? Oh yeah. Não há palavras. Mesmo. Estar lá é tudo. Foi das melhores coisas da minha existência, so far. Eles não tocam só. Eles são.

Na relva está-se bem. Imaginar-te uma vida a meu lado é exaustivo. Apesar das formigas. Tanto porque tu não percebes nada.E das outras pequenas criaturas que por aí possam existir. Dizes coisas cegas, tão cegas. É aflitivo pensar que as poderemos estar a esmagar. Coisas essas que retiram a vontade.E que, se fossemos budistas e acreditássemos, poderiam ter sido a nossa mãe numa vida anterior. Se calhar é um problema de perspectiva.Ou pai. Se calhar é um problema de exigência.E se deixarem nódoas na roupa? Ou até de paciência.E se picarem? Talvez devesses olhar melhor para ti, à luz dos conhecimentos básicos, da moral e dos bons costumes, e ver que afinal não és tu que estás certo, e que há coisas que são um perfeito disparate, e que o que temos não chega, e acho que não há solução.
Bem, não podemos pensar nisso. Ou então sou eu que estou errada, tão errada, e cega, tão cega. Estragamos assim o dia, que se quer passado deitado na relva. Quero o que não estou destinada a ter, o que nestes termos é impossível de alcançar.
A olhar para o céu com nuvens. Eu penso demais.E a ver os caules das tulipas. Eu preocupo-me demais.As tulipas propriamente ditas não. Mas eu sou assim, nada feito.Apenas os caules, as nuvens, o céu. Não se altera um quarto de século de um dia para o outro.Só. Ah pois. Carpe diem. Bingo.

Pois que ela é que saberia o que fazer com a sua existência, mas no fundo até pareceria que não.
Que ela não podia ter gostos e quereres próprios; ponteiro dos segundos deste grande relógio compassado é tudo o que lhe será permitido.
Nada do que ela faz está certo, nunca obteve uma aprovação.
Vontade está mais do que provada, seria a de fugir para algures bem longe, quiçá Noruega ou Patagónia, que o mundo é tão grande que lá não a iriam procurar, quanto mais encontrar. Ela não quer viver os segundos que lhe faltam subjugada pelas leis duma física qualquer inventada consoante o interlocutor. Ela quer selar o pacto com o medo, a raiva, o ódio e até com a impaciência crónica. Ela quer que a deixem estar em paz, nem que seja indirectamente.
Por fim, ela ao certo já não sabe o que quer.

ENTRA o Erasmo Carlos...



Não sei onde entrou aqui o Eramo (será o solo acompanhado de piano?!), mas sei que são momentos destes, em que num bar heavy o entusiasmo falou mais alto, que recordamos por muito e muito tempo.

Por isso, que a curva descendente continue a ser tradicional como uma boa mãe de família que faça surgir a luz no fundo do túnel.

E que a caneca nunca falte, claro.





Nunca este blog desceu tão baixo em matéria de gosto musical. As minhas desculpas
sinceras e humildes.

A questão

-Não disseste nada.

-Não perguntaste nada.

I'm back

Interregno longo à parte, que quanto mais acontece menos apetece escrever.
Serei eu a memória do que nunca aconteceu?

Eis que no fim tudo fica claro:
há que chegar ao quinto ano de frequência do antro, para estar em primeira época descansadinha e sem esforço nenhum. Deveria estar menos apática do que o que estou. É certo, nunca estou contente. A felicidade é um estado de espírito ou uma busca utópica pelo inalcançável?
Mais uma vez, o sentido da existência a baralhar as voltas. O inferno são os outros. Mas às vezes são os outros que evitam que nos tornemos o nosso próprio inferno.

Tudo o que aconteceu teria que acontecer, estava metafisicamente escrito.

Mas eu não acredito em metafísica.

Tenho saudades do tempo em que brincava com bonecas (e gostava).


Coisa: toda a realidade figurativamente delimitada a que o direito dispense um estatuto historicamente delimitado para os seres inanimados.

Existe um dever moral, social, de proteccção dos animais.Kant condenava os maus tratos a animais, pois seria um pressuposto para os maus tratos a humanos.
A Declaração Universal dos Direitos do Animal proclama, no seu artg. 3º/2: Se a morte de um animal for necessária, ela deve ser instantânea, indolor e não geradora de angústia.
A Convenção Europeia para a Proteccção dos Animais de Companhia explicita, no seu artg. 4º:

Artigo 4º
Posse

1 - Qualquer pessoa que possua um animal de companhia ou que tenha aceitado ocupar-se dele deve ser responsável pela sua saúde e pelo seu bem-estar.
2 - Qualquer pessoa que possua um animal de companhia ou que dele se ocupe deve proporcionar-lhe instalações, cuidados e atenção que tenham em conta as suas necessidades ecológicas, em conformidade com a sua espécie e raça, e, nomeadamente:
a) Fornecer-lhe, em quantidade suficiente, a alimentação e a água adequadas;
b) Dar-lhe possibilidades de exercício adequado;
c) Tomar todas as medidas razoáveis para não o deixar fugir.
3 - Um animal não deve ser possuído como animal de companhia se:
a) As condições referidas no anterior nº 2 não forem preenchidas; ou
b) Embora essas condições se encontrem preenchidas, o animal não possa adaptar-se ao cativeiro.


Posto isto, vejamos: os animais são coisas? É que ouvir coisas tipo, é um bicho, não pensa, não sente, dá vontade de chamar a essas pessoas bestas. Qual o fundamento de não tratar com dignidade um animal? O facto de ser irracional? Hum, vejamos. A mim parece-me que os bebés, os deficientes e incapazes em geral também não pensam, e não é por isso que os deixamos na rua, sujeitos ao frio, chuva, e perigos em geral. Em minha opinião,é tudo muito simples: eles são frágeis, precisam de nós para sobreviver, para fazermos o melhor para eles. Se tomamos um animal à nossa guarda, temos que o tratar o melhor possível.

A minha cadela Kitty morreu hoje. Terceira operação. Tinha um linfoma no estômago. Tudo foi feito para ser salva. A Kitty foi uma cadela feliz. Fazia parte da família. Ficámos com ela quase coagidos, porque ou ficávamos ou ela era abandonada na estrada nacional, palavras do sábio dono. Sempre foi acompanhada por veterinário, foi registada,etc. Tinha a sua comida preferida. Foi de férias muitas vezes com os donos. Conheceu a Serra da Estrela (adorou a neve), a praia, Espanha, ficou em hóteis, foi a restaurantes, fez longas viagens de carro. Foi mãe de uma ninhada. Tinha uma melhor amiga, a Becky, que andava sempre com ela para todo o lado, e que passou estes últimos dias a roçar o focinho nela. Adorava gatos. Nos primeiros anos de vida, dormia comigo na minha cama. Adorava passear,bastava dizer a palavra que ela ia logo para a porta ou para a trela, a ladrar de felicidade. Todas as sextas-feiras, quando eu chegava a casa, a Kitty quase que enloquecia de me ver, vinha receber-me à porta, ladrava, saltava, lambia-me a cara.
Teve, portanto, uma vida feliz, acho. Infelizmente fez parte duma minoria. Porque ainda há muitos animais que não são tratados como merecem.
Tenho muitas saudades dela. Gostei dela mais do que gosto de muitas pessoas. Porque ela gostava de mim incondicionalmente.
Estarei eu mal porque perdi uma coisa? Um mero desvalor patrimonial? Não. Estou mal porque perdi um membro da família, que nunca mais será substituído.

Erikson de esquerda



She says It helps with the lights out
Her rabid glow is like braille to the night.
She swears I'm a slave to the details
But if your life is such a big joke, why should I care?

The clock is set for nine but you know you're gonna make it eight.
So that you two can take some time, teach each other to reciprocate.

She feels that my sentimental side should be held with kid gloves
But she doesn't know that I left my urge in the icebox
She swears I'm just prey to the female,
Well then hook me up and throw me, baby cakes, cuz I like to get hooked.

The clock is set for nine but you know you're gonna make it eight.
All the people that you've loved they're all bound to leave some keepsakes.
I've been swinging all the time, think it's time to learn your way.
I picture you and me together in the jungle it will be ok.

I'll bring you when my lifeboat sails through the night
That is supposing you don't sleep tonight

It's like learning a new language
Helps me catch up on my mime
If you don't bring up those lonely parts
This could be a good time
You come here to me.
We'll collect those lonely parts and set them down
You come here to me...

She says brief things, her love's a pony
My love's subliminal

Destino cruel

Tão certo como 2 e 2 serem 4, a Páscoa num domingo e o Natal a 25 de Dezembro:

Não importa em que casa esteja. Quer esteja de férias, quer seja sábado, domingo, ou feriado...
Que tenha que estudar para exames, que tenha acabado de adormecer, que sejam 7 da manhã...

HÁ-DE HAVER SEMPRE ALGUMA BESTA QUE RESOLVA ASPIRAR/UTILIZAR BERBEQUIM/MARTELO PNEUMÁTICO/OUVIR MÚSICA IAC AOS BERROS

Eu pergunto: porquê? Será complot contra a minha pessoa?

E já agora,por que é que às vezes ligam o martelo/berbequim apenas 20m as 8h da manhã e depois desligam? Custava esperar pelo meio dia? Ou pelas 6 da tarde?

SNIFF. Acho que estou amaldiçoada.

"Ah, estuda direito?" pergunta o taxista algures na Av de Berna, enquanto táxi ziguezagueava por entre as filas de trânsito de hora de ponta, com a condicionante de ser vespéra de 3 dias de nada fazer. E depois, sem esperar pela resposta, logo desfia o rol: que o filho dele também andou nesse maldito curso, e que estou lixada, e que quer saber a menina o que ele faz agora, ah, tem uma empresa de estofos, ainda andou 3 anos na magistratura mas aquilo era muito duro, não é vida para ninguém, etc etc, mas que agora mora numa vivenda num condomínio fechado para os lados de Cascais, tem 2 carrinhas, um mercedes não-sei-quê e ainda um toyota Yaris pra mulher, e anda sempre em viagem, etc etc, que vida mais triste que eu fui escolher, andei 5 anos a estudar (mal sabe ele que são 6, se ficarmos por aí...) para nada porque é sabido que não vou trabalhar na área.

Quatro horas dentro de um táxi. O pesadelo. O horror. A tortura. Imaginem que a família do senhor era quase toda ligada à magistratura. As histórias que eu ouvi. De mortes atrozes, de esquemas de tribunal, etc.

Sexta feira, cadela Kitty foi operada mais uma vez. Veterenário vira-se para mim, e eis que ao fim de 6 anos de relação comum, me pergunta que curso estou a tirar. A sério, nunca tinha ouvido, a seguir à resposta, direito, grito mais perfeito de puro terror. E a seguir um coitada. desgraçada. E vem a inevitável pergunta- na clássica? Desta vez, a irmã do ilustre físico canino e felino e o que mais houver tinha sido a vítima. Vítima essa que esteve 4 anos sem arranjar trabalho, que se foi entretendo em pós-graduações e que agora trabalha na alfândega..."Dizem que nós somos a geração rasca, mas nós é que nos vemos à rasca para arranjarmos emprego, não foram os nossos pais. Um conselho, quando terminar, volte para cá que Lisboa nunca gostou dos alentejanos e nós não nos damos bem lá". Pois. Sim. Dos dois casos respondi que o meu sonho era trabalhar na Molly Maid, ou no Mac. E mesmo assim. Não seio.

Haja Entidade Divina

Sr D., trabalhador honesto e responsável, recebe royalties da Sociedade por quotas Puff!. Sr D. está orgulhoso de si próprio, pois limpou a casa toda, tudo a brilhar, fez o jantar para 2 dias e ainda arrumou com a matéria de bancário. Siga. Sr D. está assaz preocupado com a matéria de sociedades, pois acha que não vai ter tempo para ler tudo. Sr D. nem sabe, nem tem vontade de se inscrever nas frequências/exames. Sr. D. hoje percebeu um bocadinho mais de Sucessões. A irmã do Sr D. chegou a casa sem qualquer tipo de consideração pelo trabalho empreendido. Sr D. esteve mais perto da Escandinávia no sábado, tendo palheta para o comprovar. Sr D. não sabe se há-de acolher um herbívoro roedor. Sr. D. está-se a expandir. Amanhã será o dia D para o Sr D..
Tendo em conta os dados apresentados, tribute o Sr D., dizendo se aplicou a Directiva, um ADT ou simplesmente o direito interno. E já agora, diga se acha que o Sr D. vai sobreviver a isto tudo.



Dizer que a música tem linguagem universal está batido. Dizer também que a música nos ajuda a identificar e em determinadas fases da nossa vida é cliché. É bom ouvirmos música com que nos identifiquemos. Especialmente se vivermos isolados da civilização e se não nos identificarmos com os seres que por lá andam. Primeiro ouvimosa música, gostamos, aguardamos ansiosamente plo próximo clip, decoramos as letras, descobrimos o que há na net para ver. E sonhamos com a possibilidade de os ver ao vivo. Sim, sonhamos, porque vivendo longe da civilização já é difícil, quanto mais que a banda venha ao nosso país.
Desde os tempos de Ocean Born que oiço Nightwish. Há quase 10 anos. E sempre sonhei com a possibilidade de virem cá. Infelizmente quando isso aconteceu, foi em Vilar de Mouros, época de orais, muito longe, e concerto em festival é diferente de concerto a solo. E também não foi nada de especial, segundo pareceu. Também tive oportunidade de os vir a Madrid com os Sonata Artica, mas deixei passar. Entretanto a Tarja armou-se em parva e puff. Já não é a mesma coisa. São eles mas já não são. Contudo, vou ver Nightwish. E espero que valha a pena, pelos bons velhos tempos.

Se o arrependimento matasse...

Se o arrependimento matasse, já estaria putrefacta há muito tempo. Há coisas que faço e que me arrependo logo a seguir. Outras levam o seu tempo, mas lá chegam. Felizmente não são assim tantas.
Arrependo-me todas as semanas de ter sido burra, estúpida, altruísta, filantropa, whatever, o que me quiserem chamar, por ter feito isto.
Porque não há uma só semana em que não tenha vontade de ofender alguém numa aula, ou de chegar ao blog e ver lindos serviços, como o último post.
Temos trabalhos para publicar! São grandes! Vamos pois transformá-los num ENORME post,para lixar a apresentação do blog e causar nervos a quem leia aquilo, ao invés de usar share programs, porque não sabemos utilizá-los e temos vergonha ( ou sei lá o quê ) de perguntar ao ser que tomou a iniciativa do blog e que resolve os problemas técnicos! Sim, porque no final quem tem o trabalhinho todo é quem faz copy paste dos mails que são enviados para o email pessoal, porque a turma não tem mail, I wonder, para onde é que terão enviado os pedidos de convite...

Chama-se a isto QUID PRO QUO ( e desculpem o desabafo ).

Não há pachorra




Não tenho vontade de estudar. Não tenho vontade de fazer nada. Por mim nem saía da cama.
Será inércia, preguiça ou falta de motivação - whatever, é frustrante.

An end had a start


Ontem foi dia de Editors.

Barack Obama

ou

Hilary Cliton

?

(Por favor, tentem abstrair-se de que quem fez isto era um bocadinho parcial)

(Para seres incautos, é favor carregar no link e depois ir carregando (múltiplos links), há coisas que se repetem mas podem ir surgindo coisas novas - testem a vossa paciência até ao limite)

Sobre o LOW COAST

"Já não é novidade para ninguém... as low coasts estão aí! As companhias aéreas renderam-se, hoje em dia é difícil pensar em viajar de avião dentro da Europa sem ter em conta a Ryanair! Já podemos fazer cruzeiros low coast no Mediterrâneo ou nas Caraíbas com a EasyCruises. Em Londres podemos alugar um escritório por 15 dias na Easyoffice. A Renault deu início à comercialização de uma marca low coast , a Dacia ... enfim!

Numa análise mais atenta, podemos definir a noção de low coast como um serviço desprovido de todos os extras que, tradicionalmente, o inflacionam. Ou seja, um serviço resumido ao essencial. Ora, por esta ordem de ideias não fará sentido imaginar um namorado ou namorada low coast ? Seria uma relação de baixa manutenção! Podemos tentar imaginar o cenário. Imagine-se uma relação em que, para comemorar uma data importante, não seria necessário marcar um jantar num restaurante fashion ... bastava apenas um Kit-kat e duas garrafas de água! Sempre que se desse início a uma discussão, uma das partes deveria dizer: ”Ficamos por aqui. Não posso discutir. Gostava muito, até porque acho que tenho razão, mas não dá.”

Imaginem ainda uma escola low coast ! Os alunos faltam às aulas, logo, nesta nova escola, não haveria aulas, apenas exames! Mesmo assim, quando os fossem fazer tinham de levar a secretária e a cadeira de casa. A cantina/refeitório não seria mais do que um daqueles parques com mesas de betão para fazer piqueniques. O gimnodesportivo era apenas um pavilhão vazio... e os alunos a chegar à escola cada um com o seu pelinto e espaldar a arrastar pelo chão!

Isto, obviamente, são ideias ridículas! ."

HABEMUS CUNICULUS!







MY LINDT BUNNY!

Desisto!

Becky, vamos passear!

(Becky vai a correr para a rua e coloca-se no passeio, estrategicamente próxima da porta do carro por onde costuma entrar).

Becky, vá lá, anda!

(Becky entorta a cabeça como quem diz "então, não é aqui?"; dá ainda com a pata na porta, a ver se abre).

Becky, não é aí! Vá lá, anda!

(Becky: "ai não é aqui? Hum, deve ser no outro carro! Bora prá lá"). Becky atrevessa a estrada e coloca-se estrategicamente à porta do outro carro, à espera e a olhar com língua de fora, como quem diz, "então, vens ou não vens? não façaste em passear?"

Posto isto, desisto de passear uma cadela que só aceita "passear" em viatura, sentada no lugar do passageiro, com cinto, janela aberta, cabeça e língua de fora, a babar tudo e a encher tudo de pêlos...

a rush of blood to the head




He said I'm gonna buy a gun and start a war
If you can tell me something worth fighting for
Oh and I'm gonna buy this place that's what I said
Blame it upon a rush of blood to the head

Honey
All the movements you're starting to make
See me crumble and fall on my face
And I know the mistakes that I made
See it all disappear without a trace.
And they call as they beckon you on
They said start as you mean to go on
Start as you mean to go on

um estranho chá de noivado

Santa Benedita Apolónia de Ofélia ergueu-se do seu leito. Apetecia-lhe sushi, mas o sashimi ocasional causava-lhe repulsa. Pensou se não estaria prenha; não credo, que palavra mais vil e imunda, de esperanças antes; mas se assim fosse os doces prazeres da existência, fossem eles peixe cru ou degustar um bom conhaque, ficariam negligenciados durante o tempo que durasse a gestação. E depois haveria que alimentar a pequena criaturinha berrante, que horror, não não nem pensar. Lady Ludovina Natércia saberia o que fazer. Mandou um e-pombo à sua pseudo-consorte, convidando-a para o chá. Fez o bolo de chocolate, e preparou chá Lipton para o repasto. Lady Ludovina Natércia chegou, à hora marcada, mandando vir contra a higiene dos passeios. Mandar vir era o passatempo preferido de Lady Ludovina Natércia. Tudo era claro devido à luz que entrava a jorros na sala branca, com estuque e janelas grandes que davam para uma rua sem árvores. Sentaram-se no canapé às risquinhas e conversaram sobre banalidades banais, como as são o tempo, a precepitação, a úlcera do senhor Malaquias, o chapéu da Dona Clotilde. E quando finalmente pararam porque o assunto se esgotou, pensaram nos livros que ficaram por ler, nos passeios que ficaram por dar e da vida que ficou por viver. Há bastante metafísica em tomar chá.

E Santa Benedita Apolónia de Ofélia não estava grávida, pois a semente não entrou em contacto com ela. Vá-se lá saber porquê.

Fatalidades



Morreu o baterista dos ABBA, degolado no próprio jardim...




E esta foi talvez a maior fatalidade a atingir a nação portuguesa nos últimos tempos... Alguém me xplica como é que isto chegou a este ponto? E é isto o futuro de Portugal... Criancinhas (algumas com menos de 10 anos )histéricas aos gritos a clamar que fugiram de casa, desmaios, seres a dormir à porta sabe-se lá há quanto tempo... Mas para quê? Se já tinham bilhete e ão queriam gastar dinheiro em hóteis, vinham no próprio dia...enfim.

Ah, e já agora



Também morreu o sr que realizou este filme, bem como outros igualmente notáveis. As fatalidades gostam de andar acompanhadas.

Se

A dada altura, olha-se para trás e amaldiçoam-se certas escolhas. A dada altura olha-se para a frente e congratula-se por certas escolhas. A dada altura pára-se a meio de uma conversa-se e pensa-se que ainda se vai a tempo de voltar à esquerda. E aí vê-se como se estava enganado. Tão cego. Mas ainda há tempo. Mas não se quer voltar atrás; admitir que se errou. Chocamo-nos com os erros, comentamos e fechamos os olhos aos nossos próprios.

No dia em que se parece achar que ainda "temos" um longo caminho a percorrer, fui passear num bosque e apanhei amoras. Percorri trilhos em busca de um coelho atrasado que não veio porque era imaginário. Tu estavas lá e rimos juntos e vimos o rio enquanto contemplávamos o futuro que tarda em chegar. No dia a seguir fizeste-me falta enquanto o baile prosseguia e eu não tinha par porque ele não encontrou o caminho a tempo. As fêmeas nos seus vestidos rodados não me deixavam esquecer que estava sozinha e nem o mar me soube sussurrar que iria passar. Acenaram com a corda e depois puxaram-na quando a ia agarrar. Doeu a aterragem na dura e clara realidade; que só serei minha daqui a muitos anos e que mesmo aí não saberei se haverá uma ficção.
No meio do chá constatei que, apesar de as chávenas estarem rachadas e sujas de pó, não teria preferido que fosse de outro modo e que fazes falta e foi o melhor que aconteceu e que tudo tem um porquê e talvez sim, sejas o meu sentido; eu pólo negativo, tu pólo positivo.

Gosto de cidades com prédios escuros e antigos.
Gosto de comboios, de preferência vazios.
Gosto de música, e gosto de gostar de música.
Gosto de chuva e de dias cinzentos.
Gosto de começar a ler um livro e de só o largar quando tiver acabado.
Gosto do mar e da praia à noite ou no inverno.
Gosto de árvores altas em ruas com passeios e casas do mesmo tamanho.
Gosto de livrarias e do cheiro a livro velho ou acabado de fazer.
Gosto de ler vários livros ao mesmo tempo.
Gosto do barulho que faz uma Heildberg a funcionar.
Gosto do cheiro a tinta, a cola e a gasolina.
Gosto de estar sozinha.
Gosto de escrever.
Gosto de animais.
Gosto de ser conduzida.
Gosto de andar de bicicleta.
Gosto de borbotos.
Gosto de chocolate.
Gosto de casas de bonecas vitorianas.
Gosto de crafts books.
Gosto de bonecas antigas.
Gosto de preto.
Gosto de viajar.
Gosto de me perder.
Gosto de aproveitar bem o tempo.
Gosto de fazer listas.
Gosto do que em tempos já fui e do que poderia ter sido.

O que vou ver amanhã


Persepolis - QuickTime Trailer


Geeks em lojas de geeks ganham convites para antestreia de filmes que estamos para ver o que será mas que parece interessante (e convidam namorada, claro,humpf ).

Sinais dos tempos

As ratoeiras agora chama-se "estações de isco".
Compra-se croissants com a data de fabrico de amanhã (devem ser assaz frescos!)
Oh yeah.

Do dia de ontem

Sobre a exposição do Hermitage:
A grande lacuna foi a ausência de ovos Fabergé. Nem uma réplica para amostra. De resto, tenho a dizer que aquele mito de as pessoas idosas são mais educadas que a juventude de hoje em dia e de dias passados é mesmo um mito. Pois quando se tem a sorte (azar) de apanhar com vários autocarros cheiiiiiiiiinhos de idosos e ainda mais com um guia, tenham medo, tenham muito medo. Podem tar a admirar um quadro e de repente terem um trio prespegado mesmo no pouco espaço entre vocês e o quadro (btw, porquê a ausência de cordões, I wonder). As vitrines são para ser tocadas; cabeceadas (esta palavra existe?) até. E se houver um trenó com uma manta em cima, não importa que a placa diga que essa manta já sobreviveu 2 séculos, temos que a apalpar, a ver se é quentinha. Ah, e se precisarmos de passar para algum lado, toca a apertar o bracinho do ser mais próximo (neste caso, eu), com muita forcinha.
Mas chega de dizer mal. Viva o serviço Sapo Verde, o dilatador de anus (ou seria recto?), os quadros e os imperadores com palácios de verão e inverno.

Sobre o melhor bolo de chocolate do mundo:
Vil mentira. Um cubículo com duas mesas e oito cadeiras, e obviamente, se o bolo fosse efectivamente o melhor do mundo, estávamos mal. Mas é comestível, in spite of.

Sobre a cozinha nepalesa:

Meio picante é aguentável; contudo há que ter atenção se no final não serão cobrados 5 cafés a 2 pessoas, tais como a TÃO DESEJADA GARRAFA DE ÁGUA que nunca chegou a aparecer, a não ser na conta.

Sobre a prenda:
Desconfiem quando na loja onde foi adquirida perguntam à vossa cara metade se o destinatário tem mais de 3 anos, para saber como se pode embrulhar.

Resta agradecer publicamente aos responsáveis por tal dia ter sido agradavelmente exequível, e venha outro.

Porque amanhã é aquele dia




Then. Um videoclip piroso qb, adequado às circunstâncias.

Silence is gold

Sou muito sensível a barulhos. Desde pequena, lido mal com motas e camiões barulhentos, com pessoas que falam muito alto, vizinhos que não deixam dormir, etc etc. Especialmente, os meus progenitores não são propriamente os seres com as vozes mais amenas do mundo.
Talvez por isso, não me tenha feito muuuuuuuuuuita diferença o facto de não ouvir praticamente nada do ouvido direito há uma semana. Até a forma como descobri foi caricata: pensava que tinha um phone avariado. Mas enfim, é chato não perceber nada, é chato meter a tv mais alto, é chato pedir a toda a gente para repetir o que acabou de dizer. Ah well. Lá fui eu às urgências, porque não era só o silêncio; agora havia dor. O sr dr admirou-se como é que eu ainda ouvia algo. E disse que às vezes dava muito jeito não ouvir, poderia ser uma virtude, perguntou se eu tinha a certeza de querer mesmo ouvir (bora gozar com ela!). Ao que eu respondi que se não fosse pela dor, nem me importava muito. Não me escapei a 5 lavagens (em minha defesa alego que tenho o canal auditivo muito estreito e que por isso a cera fica lá acumulada, há gotas para isso, mas não tavam a dar nada). O sr dr foi muito simpático. Quis saber o que fazia eu na vida. Direito? Na clássica? Ora, conheces o Oliveira Ascensão? Foi meu colega. E o Paz Ferreira? Também, e é meu amigo. Já a senhora enfermeira gozou algo com a minha situação, tás lixada, 65mil recém-licenciados desempregados, estágio não remunerado, ainda por cima direito, ui. No fim, desejou-se há vontade, mais de três vezes boa sorte, foi até ao corredor a berrar boa sorte que bem precisas. O sr dr disse p não ligar, mas também disse que o panorama não era animador. Oh, agora teria dado jeito não ouvir. Estou um bocadinho farta de que cada vez que perguntam em que curso estou comecem a recitar o Apocalipse.

Btw, por que é progenitores decidem berrar por tudo e por nada quando há eco na minha cabeça? Sim, porque agora oiço tudo terrivelmente nítido, até o roçar do casaco parece uma tempestade. Enfim. Oito ou oitenta.



Kate Nash - Foundations




Au Revoir Simone - Sad Song



E porque as aulas vão recomeçar. E porque gosto de dobragens.

Constatações pouco apelativas

Hoje fui ao IKEA, pequeno-almocei por 1€ e gastei 35€ em não sei bem o quê. Oh mas é giro. Ah well.









(e bebi 2 Redbulls porque tavam a dar na Fdl, e eu andei atrás das senhoras-meninas muito tempo e elas deram e eu bebi e estou com muuuuuita energia, e pobres dos que me aturarem hoje, e deveria ter sido amanhã porque tinha mais gente para me aturar)

Constatações tristes

A telenovela da Tvi com nome de fruta açucarada detorpou o The Heinrich Maneuver dos Interpol. Com cortes que estragam a música.Iac. Ironia é a música ser sobre a juventude estúpida e fútil, que é só o que a dita novela is about. Outra coisa interessante, o facto de um pseudo amigo (porque não é visto há muito tempo) entrar lá. Jeez, que vendido.

O meu moinho de vento é o tempo



Tudo seria mais fácil se não adiasse.
Tenho carradas de posts adiados. Por vezes escrevia na agenda ou até no tampo da secretária, a aguardar oportunidade ou inspiração. Os posts são o espelho da minha vida.
Adio tudo até ao impossível.

Há nos outros uma intelectualidade singela que me espanta. é gritante. E eu, que durante tanto tempo fui mera observadora, hoje não consigo ser senão um pálido reflexo daquilo que almejei ser.
As intenções sempre foram boas. Pode dizer-se que me perdi algures, e que prova inelidível desse facto será o Moleskine, gasto pelo tempo e por ser um fiel companheiro na mochila, mas ainda com as páginas em brancos.

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."


Admiro-vos por sobreviverem às intempéries do dia-a-dia e ainda terem froeza para escrever.
Não sou nada do que queria ser e sou tudo o que não queria ser.


"Oh, those days in the sun
They bring a tear to my eye"


Sinto que perdi o comboio. Pior. Sai na paragem errada.

Já era tempo

http://www.24horasnewspaper.com/total.php?numero=2751&link=24
http://www.24horasnewspaper.com/total.php?numero=2751&link=25

Mais dia menos dia isto chegava à imprensa. A senhora andava aí feita deputada superstar a dar entrevistas a todas as revistas suplementos de jornal, mas esquecia-se de falar da sua função de docente universitária. Alguém teve a coragem de divulgar =D.
Viva a exceptio veritatis!

Newer Posts Older Posts Home