Interregno longo à parte, que quanto mais acontece menos apetece escrever.
Serei eu a memória do que nunca aconteceu?
Eis que no fim tudo fica claro:
há que chegar ao quinto ano de frequência do antro, para estar em primeira época descansadinha e sem esforço nenhum. Deveria estar menos apática do que o que estou. É certo, nunca estou contente. A felicidade é um estado de espírito ou uma busca utópica pelo inalcançável?
Mais uma vez, o sentido da existência a baralhar as voltas. O inferno são os outros. Mas às vezes são os outros que evitam que nos tornemos o nosso próprio inferno.
Tudo o que aconteceu teria que acontecer, estava metafisicamente escrito.
Mas eu não acredito em metafísica.
Tenho saudades do tempo em que brincava com bonecas (e gostava).