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Estava eu hoje quase a chegar a casa, carregadíssima e a rezar para que o saco do pingo doce não rebentasse com o peso, quando me aconteceu algo que me fez ficar extremamente irritada e capaz de actos de vandalismo atroz.
Tinha iniciado a travessia da rua que vai dar à praceta onde moro, rua essa que dá à vontade para circularem 2 carros em sentidos inversos, e estando estacionados outros em segunda fila. Rua larga portanto. E estava eu a atravessar numa passadeira. Passadeira essa que está ali desde que me lembro. Passadeira essa muito bem sinalizada. O problema da passadeira é que é capaz de ficar a 5m de um cruzamento. Bem, eu estava quase a chegar ao fim da travessia,o braço dormente do peso, e a andar relativamente depressa, quando vejo um carro vindo do cruzamento numa velocidade pouco recomendável ter que travar de repente e já quase em cima de mim. Eu olho para me certificar que o carro tinha parado, até porque ele podia perfeitamente passar pela faixa da esquerda para se desviar, uma vez que a rua estava deserta, mas sem sequer abrandar o passo. E nisto a besta buzina-me. A BESTA parada buzina-me. Eu paro, volto para trás e olho e ele faz um ar nojento, ri-se e buzina outra vez e faz o gesto com o casco de desculpa e aponta para dois putos nojentos, sem cadeira nem cinto, que iam a frente e atrás no carro. Eu berro à besta que isto é uma passadeira, não tem nada que buzinar. E ele faz o gesto outra vez, enquanto mantém o sorrisinho nojento, os putos se riem e ele torna a apontar para o puto de trás. Não percebi se ele estava a dizer que buzinou porque o puto nojento se tinha, perdoem a expressão, borrado nas calças, se os putos pediram para buzinar, ou se estavam com pressa para ver o noddy, whatever. Eu continuo a andar, já no passeio, quando vejo o gajo a ultrapassar-me, sempre a olhar para mim, e depois a fazer inversão de marcha. Depois pára o carro e fica a olhar para mim, com o mesmo esgar nojento. Ora, se a criatura habita ali, o problema resolve-se bem com uma chave, uns risquinhos na pintura metalizada nunca fizeram mal a ninguém. Pode ser que isto amanhã já me tenha passado, mas ainda estou a tremer com a fúria e não gostei anda do risinho do gajo, e odeio, mas odeio mesmo, que me buzinem numa passadeira quando eu já estou a atravessar e a andar depressa.

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