Na Worten:
Quer arredondar?
Oh quero sim! Então se isto custa 44.45 € arredondam para 44.00€?Ou para 40?
Err, bem, não é assim que funciona...
Nah nah, falou em arredondar, na escola ensinaram-me assim...
Olhe, esqueça....
Hump! Você é que ofereceu!
(Não fui eu. Foi um shini conhecido).
Não comprar prendas para o namorado em lojas cujos empregados são gays.
Temos esta também (e aponta para um exemplar rosa claro).
Ah não, sabe, não é para mim, é para o meu namorado...
Pois, e qual é o mal? Eu acharia adorável
...
Estou extremamente geek.
Melhor que isto só ver o Avatar em 3d na fila da frente, ponta esquerda. Nah, não aconteceu.
Após a semana dos jantares de natal (que proeza não haver sobreposições!), eis-me de volta ao Tobias. Sopramos a camada de pó e pomos a leitura de blogs em dia.
Hoje ia ficando sem braço algures no Chiado.
Está uma criatura na cozinha a fazer panquecas e cheira a queimado....medo.
Amnhã tenho um pandi meetget together...
E obviamente faltam-me adquirir cenas.
O cheiro materializou-se ao meu lado. As panquecas estiveream ao lado do Nero enquanto Roma ardia...
Actividade Paranormal.... um filme interessante para quem não está à espera de se assustar muito...
O filme gourmet é deveras mais giro.
Porque feriados são dias de andar de bicicleta, passear cães, acordar tarde, comer um pequeno almoço diferente, ir à praia, correr, saltar, ler o jornal, ir à missa, ver filmes, contar nuvens, fazer bolos.
E fui ao Palácio Nacional da Ajuda, à exposição dos Museus da Madeira, à mini exposição Francis Bacon, ao Quick Slow, à exposição da Amália, e etc etc. As minhas patinhas doem. Ainda me dediquei a fazer bolachinhas de coelhos. E agora estou a pensar ir para a cama. Pareço um zombie ambulante.
Acho fantástico este ano não haver prendas. Aboliu-se os cc's, a confusão, os empurrões, deixa-se de lado experimentações culinárias natalícias, e dorme-se.
Mesmo sem contar com os festivais, este ano foi o ANO. Senhoras e senhores, o melhor e o pior, em categorias pré-definidas pela minha pessoa.
.Melhor desculpa de cancelamento:
Epica. "The evil sea witch stole my voice". Baril mesmo. Vou usar essa na terça, quando me reobrigarem a trabalhar num feriado. Ah eu queria, mas tá a ver, a bruxa do mar roubou a minha voz. Malvada.
.Melhor público:
Ora há que fazer distinções. Porque houve diferentes salas, diferentes tipos de música, diferentes idades até... Curiosamente o grande candidato será o de Rammstein. Assaz civilizado, pediam desculpa quando aterravam em cima de pessoas alheias, fêmeas, machos, até idosos motards lá havia. O de Au revoir Simone também foi decente, mas estavamos todos sentadinhos, não teve muita piada. E o de Killers e afins também se portou mais ou menos.
.Pior público:
Ora estou indecisa entre o de Depeche Mode, que era maioritariamente malta de 40 para cima, e que se portou como se os tivessem soltado. Livra, nem morta me meto noutro assim. Era empurrar com os pés os copos vazios de imperial e arregaçar as calças para não se ensoparem de cerveja (em Rammstein não houve nada disso, nem em Muse). E os empurrões à saída? Credo.
Há também o de Franz Ferdinand, que não foi todo. Só um grupinho de skinheads que achou por bem pegar fogo ao público. Como eu os compreendo.
Os de Muse também foram maus e feios. Meteu Cruz Vermelha e seguranças. Eu deixei de respirar por breves instantes (que pena, pensam vocês). E depois o assalto ao continente.Lindo.
.Pior controlo de entrada
Campo pequeno. Então no PA não nos deixam entrar com garrafas, com tampas, com guarda chuvas...E lá, hum, não, não nos apetece revistar. Foi a entrada mais rápida, sim. Mas depois skinheads acendem um very light numa plateia lotada, e aquilo pega fogo e corre mal. Expliquem-me lá onde tinham a cabeça, vá. Que não revistem para Diana Krall, vá. Agora Franz Ferdinand? Jeez.
Também posso mencionar o polícia antipático de Rammstein, e o polícia dah de Muse. Não me perguntem como, mas perante um contentor cheio de guarda chuvas, consegui dissimular o meu dentro da minha mala. O sr revistou tudo, menos aquela bolsa. Só apalpou. E ainda me deixou entrar com um frasco de álcool e um isqueiro. Baril.
.Pior/melhor saída
O PA é horrível para sair. Horrível mesmo. Os melhores são o Campo Pequeno e a Aula Magna. Que saudades do Coliseu.
.Melhor relação com o público
Au Revoir Simone. Foram simpáticas, conversaram, deixaram invadir o palco e tocar com elas, deixaram ir aos bastidores, e foram para a porta depois despedirem-se do pessoal. Ninguém diria que são mundialmente conhecidas e que já editaram 4 álbuns.
The Killers também foram fofinhos e simpáticos. Até fizeram um bis forçado da Spaceman.
.Melhor espectáculo
Rammstein. Luzes na boca, fogo, espuma, papéis plo ar, foguetes, etc. Muse também foi bom. E Depeche mode foi bom visualmente.
.Melhor banda de abertura
Combichrist para Rammstein. Pior, iria dizer João Coração para Au Revoir Simone (ou quiçá Brande Carlile a cantar Haleluia do Leonard no SBSR), mas isso foi antes de ter presenciado os the phenomenal hand clap band. EU ADORMECI NO CONCERTO. Ah, e também não ajudou o facto de serem a SEGUNDA banda de abertura. Jeez, uma só chega e já é secante.
.Concerto mais flop
DecheMode. O senhor Dave já tinha cancelado muitos este ano, nota-se que tava cansado porque não aguentou o concerto inteiro. Muitas vezes teve que ser substituído. Mas foi um bom concerto.
.Melhor concerto
Ora pois. Há os Muse, que são os Muse e só por isso mereciam o título. Mas também houve os the Killers e os Franz Ferdinand. E este lugar é assim partilhado. É bom haver várias coisas boas, não é?
.Melhor amostra de concerto
E quem concorre são o David Fonseca e os Marlyn Mason. E como nuns foi o sound check e noutro o concerto de apresentação do álbum, vota-se no primeiro.
.Pior pós concerto
Muse. Nunca irei esquecer a invasão ao continente, zona das águas. Cinco seguranças lá. Parecia o ensaio sobre a cegueira. O 1984. O apocalipse. Lindo.
.Melhor mosh
Muse.Opah, não me lembro a música. Hysteria? Super massive black hole? Plug in? Olha não sei. Foram tantas as moshes mas só uma boa. Rammstein foi fraquito comparado com Muse. E Franz também teve umas fixes, mas enfim, não participei.
Posto isto, roam-se de inveja pequenos seres. O próximo será Artic Monkeys e tenciono morrer esmagada nas grades, porque tenho fan pack e posso entrar 20m (que fartura) antes dos outros deliquentes.
Não há volta a dar.
Não, agora a sério.
A mola saltou.
Fight the power
MEUS DEUS HOJE ESTREIAM OS VAMPIRINHOS!
SALAS DE CINEMA ESGOTADAS!
SILÊNCIO!
SUSPIROS!
DESMAIOS!
VAMPIRINHOS FOFINHOS!
FDX, TENHAM DÓ!
Atentai na caixa do dvd dos Simpsons. O desgraçado vai sair um geek de primeira apanha, oh se vai.
Oh meus ricos superstar II que tanto me custaram e que foram namorados e estudados até à exaustão, mais meus ricos allstar e minhas ricas galochas e ricas melissas (tb agora não tava tempo pr vocês)!...
Minhas ricas botifarras de biqueira de aço! Meus não tão ricos bws...
PORQUÊ??????????????
QUEM CORRE LISBOA A COMPARAR PREÇOS E MODELOS DE CUBANAS? QUEM PONDERA OS TAMANHOS DE SALTOS E EFEITOS NA CALÇADA E MESMO ASSIM NÃO COMPRA NADA?
Eu.
Err.
Nada não é bem assim.
Enfim.
Vá, pronto.
Uns ténis cinzentos e rosa da Nike (a mnha psi diz que tou em fase monocromática.Chegou a vez do rosa).
Hoje um ser disse-me: vou casar, és a primeira a saber.
Eu após pensar durante uns nano segundos perguntei se estava convidada.
Claro que estou.
Fala-se em igrejas, em quintas, em anéis.
Em casas, em carros, em não querer criancinhas.
Uma nova fase começou.
Quero voltar para trás.
Há um certo anúncio da optimus que me faz espécie. Ah e tal jantares de Natal. Mas ninguém falta ali, não há desculpas, não há ausências de respostas? É mesmo um mundo optimus.
Vamos tentar: dia tal jantar num restaurante com comida, bebida e preço decente, fixo e à descrição. Problema: marcação necessária com antecedência, e quem se cortar tem que pagar. Cheirava-me que ia comer sozinha. Até oferecia o meu poiso, mas parece que habito para lá do sol posto (realmente, é uma maçada quando quero ir trabalhar). Sim, são duas propostas. Eu tentei.
Uns fazem 40, outra 35 aninhos. De qualquer forma, foram companheiros de infância e ainda nos fazem delirar como antigamente. Os livros, a série, a revista da rua sésamo, com que aprendemos o alfabeto, a contar, etc etc, e que nos fazem dizer que no nosso tempo é que era, havia o Poupas, o Ferrão, a Tita, o Egas e o Becas, o Gualter, o Monstro das Bolachas, o Conde de Contar... Agora as criancinhas têm o Noddy e o Rucca e a Dora e são chatas e más. Quanto à Kitty, ela será sempre a gatinha da minha primeira mochila, e a protagonista do Teatro da Kitty. Apesar do Kitty-enjoo patente nestes dias que correm.
Já agora: desconfiem de concertos onde vos dão uma declaração de exclusão de responsabilidade antes de cortarem o bilhete (aliás, passá-lo pelos infravermelhos, que é mais in). Porque provavelmente o que eles que não se responsabilizam por, vai acontecer.
Andei eu a filmar dildos pra amiga bonamater ver, a sofrer os horrores de uma camâra numa patinha, esticada ao máximo no meio duma mosh, pra depois só se ver quadradinhos e etc. Cá para mim o telemóvel com lente Carl Zeiss tem mais resolução do que uma lente Nikon. E essa é triste verdade. Ou isso ou o amigo Ochoa, do alto do seu metro e oitenta e tal não se ter oferecido para segurar o aparelho 2 minutos que fosse. Mas depois ter a lata de pedir o material, e, ainda!, bloggar material alheio. Feio. Humpf.
Sendo que o interesse está aos 2 minutos e trinta segundos. Pardon me a turbulência, mas foi fácil a sobrevivência. E sim, com a era do hd, o you tube lixa a definição.
"Um ofício da Idade Média extinto há dois séculos está sendo resgatado na Espanha para salvar a economia de muitas donas-de-casa em tempos de crise. Com a condescendência de sacerdotes católicos de paróquias rurais, estão de volta as carpideiras, mulheres que recebem dinheiro para rezar e chorar por mortos desconhecidos.
A tradição europeia das carpideiras, que atuam em dias de Finados, enterros, missas e datas como aniversários de mortes, foi proibida no século 18. No entanto, com a crise econômica mundial, parte do clero espanhol decidiu ser mais flexível, permitindo que as famílias consigam um dinheiro extra.
"Não se trata de mudar a lei, nem desobedecer à Igreja Católica, mas, se pudermos entre todos dar uma mãozinha a quem precisa, é um ato de caridade cristã", disse à BBC Brasil o padre Antonio Pérez, responsável pela paróquia de Campanário, em Bajadoz (oeste da Espanha).
Na paróquia de Nossa Senhora de Assunção em Campanário, o serviço de carpideiras vem sendo anunciado durante as missas nos últimos três meses.
O sacerdote não só informa aos fiéis sobre o serviço como ainda avisa as "rezadeiras choronas e gemedeiras" (como são conhecidas as carpideiras) quando algum dos 5 mil habitantes da cidade está doente e em risco de morte.
Para rezar e chorar por um morto desconhecido, as mulheres recebem entre 20 e 30 euros (cerca de R$ 60 a R$ 90) por dia.
Em datas como o feriado de Finados, o trabalho inclui ir ao cemitério, lustrar a lápide, trocar as flores, rezar e recitar salmos pelo morto.
Vocação
"O que eu faço é por vocação. Rezar, rezo todos os dias. O dinheiro, não vou dizer que não ajuda agora que a coisa está como está", conta Facunda Santiestéban, de 64 anos, estreando no ofício de carpideira profissional em 2009.
Facunda afirma que, por sua presença constante nas missas, muitas pessoas lhe pediam orações e pagavam com presentes.
"O padre conversou comigo e passou a entrar um dinheiro que não dá para muito, porque para ficar rica tinha que morrer uns sete por dia, mas ajuda a pagar algumas contas", diz a carpideira à BBC Brasil.
Ao contrário das profissionais da Europa medieval que gemiam alto, chegando a rasgar parte das roupas, davam socos no peito e até arrancavam fios de cabelo durante as atuações nas missas e funerais, as novas carpideiras do século 21 são discretas e rezam em silêncio.
Foi por estas encenações, consideradas escandalosas pelo Vaticano, que o ofício passou a ser perseguido a partir do século 13, até a proibição no século 18.
A Igreja Católica ameaçou de excomunhão a quem continuasse chorando e gemendo alto por um morto desconhecido em troca de dinheiro, também porque as atuações assustavam os fiéis e incomodavam os sacerdotes que tinham de gritar para ser escutados durante as cerimônias.
Descontos
Apesar da proibição, em algumas cidades rurais de províncias espanholas como Extremadura, Galícia e Canárias, o ofício se manteve escondido das autoridades eclesiásticas de Roma.
Ángela Díez Compostrana, de 63 anos, é carpideira profissional desde os 21 na cidade de Casar de Cáceres. O trabalho dela vai da oração de salmos e acender velas até cuidar de trâmites legais e documentos do morto para a família.
"Tem gente que não pode ou não quer fazer essas coisas. Tem famílias que saíram da aldeia e custa trabalho vir aqui para isso. Então faço minha parte e ainda uso minha fé para ajudar essa alma a estar em paz", argumenta Ángela à BBC Brasil.
"Com a crise, o serviço aumentou um pouquinho. Algumas famílias deixaram de vir, porque viajar sai mais caro do que me chamar. Mas também me pediram descontos. Até por 10 euros (R$ 30) trabalhei, porque está apertado para todo mundo." "
Au revoir Simone. Se pensas que espero por ti até Março tás muito enganadinha. Fica lá com a pain in your heart, que com a neura com que ando também não estava com muita vontade de te ver.
Há o existir e o tudo inerente a ele. E há os outros, a bola redonda que nos nossos sonhos é verde e azul e cheira a bafio bolorento (gosto de pleonasmos), mas que até tem laivos de castanho e de branco. Há muita verdade no que se diz por aí, mas ao que devemos lealdade é à nossa. Porque quem passa mais tempo connosco somos nós mesmos, e os outros que estão á janela nada sabem. Por outra, sabem atirar pedras. A minha janela partiu-se. Gostava de ter fundos para colocar uma daquelas xpto, de vidros duplos, à prova de ruído, bala, tudo, mas não há energias. Uma coisa de cada vez, mas o dia só tem 86.400 segundos. Que não são meus, porque aparentemente, eu não sou nada mas sou tudo. Talvez um dia faça as pazes com a mim que por aí habita, mas por enquanto acho pouco ou nada provável e gasto esses tais segundos a pensar em formas eficazes de se deixar de respirar. Um ser muito perturbado.
Venho por este meio dar os parabéns ao grupo Vamos animar a Sen. A sério, vocês merecem. Tudo o que quero, vocês me dão.
Está bem, era um ano de crise, e sabemos que anos de crise geralmente são bons para estas coisas. Eu tinha previsto uma edição de albuns massiva; mas virem presencialmente cá? Trés chic.
Ora, para além dos The Killers, que se portaram muito bem e me fizeram muito feliz, tivémos os NIN e os Franz, que não se puderam verificar por motivos geográfico-laborais.Muito triste pelos Franz, mas os rapazinhos ouviram o meu apelo e fizeram-me a vontade.
Bem, mas por ordem cronológica:
.Au Revoir Simone
.Diana Krall
.Epica
.Rammstein
.Depeche Mode
.Video Games Live (namorada sofre...:P)
.Muse
.Franz Ferdinand
.Editors
.Artic Monkeys (weee, vou curar o síndrome finalmente!).
Posto isto, bastava o Tom anunciar que vinham cá, e os srs da Califórnia, e eu era um ser muito feliz. Mas contento-me :P.
Queres qual vinho, porca de murça? by fêmea
Epah, pede aí o abre latas para abrirmos o vinho. by criatura desastrosa
E agora para o amigo pseudo enólogo, hoje ganhei uma garrafa. A ver se pra semana tratamos dela
Rua Garrett, hora do jantar, sem abrigo fêmea vasculha nos caixotes do lixo algo para comer, na cabeça um boné a dizer avançar Portugal.
À produção.
(scheisse de mestrados que acabam a horas góticas pah.)
Seguidamente sortearemos um daqueles bonequinhos foleiros para prender no telemóvel para avisar quando o dito recebe uma chamada.
(ui, bocas foleiras e reveladoras).
Mas não estou a ofender ninguém. Ich bin eine gutte christian. Nah, sou mas é nazi. Medo, muito medo. É que que eles não curtiam senhores mariquinhas.
They will not force us they will stop degrading us they will not control us
We will be victorious!
Enfim, há o benfiquista, a pseudo-coquete, o bêbedo (ou bêbado, antes que me batam, porque a doutrina diverge), a ponderada, a burrinha todos os dias, e as outras e os outros. Já há jantarzinhos e mensagenzinhas e já sentimos a falta uns dos outros. Já há conversa sem ser de ocasião e pseudo preocupação genuína.
Mas um jantar com os Ocheiras sabe pela existência ( ou pelas 3 garrafas de vinho e uma de licor que quase se deitaram abaixo ). A cena é abandoná-los as 7.30h e não lhes dizer nada. Será que a confiança nos permite isto? Guess so.
Amanhã divago sobre late night kino sessions. A quem interessar (parece que é a mais gente do que isto dá a entender).
Andamos exactamente nos mesmos sítios. Se há quem nos encontre, presumo que os caminhos sejam os mesmos.
Há então problemas de vontades.
Ou de flexibilidade.
Caras pessoas que pensavam que iam comer e ver coisas com desconto por muito mais tempo
Posted by Senayuri at 23:11Parece que a CGD pôs o Santander a andar.
Cá para mim eles gostam de encher as carteiras aos pobres estudantes. De plástico.
Ah e tal vão fechar o comboiozinho, ou a linha onde ele anda o que vai dar no mesmo, e que grande tristeza, e querem uma aposta que só depois de o fecharem é que se lembram de como ele era giro fofinho agradável e aí puff, é tarde, rien de rien jamais fait, e se eu ao menos tivesse mexido uma patinha.
É giro queixarmo-nos.
Está a desaparecer, dia a dia, hora a hora. Está a desaparecer e só eu sei o que me custa não poder fazer absolutamente nada. Ouve-se os gritos, contempla-se ao que se pode reduzir a existência humana. Entramos em pânico quando nos telefonam de casa ou a horas parvas para o fixo, temos medo de sair e acontecer alguma coisa, sabe-se de cor o horário dos expressos, e as horas a que chegam, e se param em Almada, Évora ou Setúbal, e em casos mais extremos que a portagem até quase à porta de casa são 12.10€. Não temos vontade de nada, apenas aguardamos que a morte venha.
Que não me peçam para sair. Já me chega representar 12 horas por dia. O que mais custa é representar para quem não devia ser público.
Dizia uma vendedora de flores em entrevista à Rtp, que o negócio (ela vende à porta do cemitério da Ajuda) vai mal, porque minha amiga, com as cramações, cramou, acabou. Ou seja, a pessoa quando é queimadinha que nem incenso já não tem direito a mais homenagens, a mais salamaleques. Mas quando está numa campa normal, sim. Há a campa ou jazigo, há a lápide, há as visitas todos os meses quando se sente a falta, ou só pelos aniversários e pelo dia de fiéis defuntos, quando se tem menos tempo. Há aquela competição cega sobre quem tem as campas melhor arranjadas, e limpinhas, e há a indignação após um temporal ou um assalto a cemitério (maganos, roubaram as flores do meu Quimbé, não há desgraça que não lhe aconteça nem depois de morto!). Enfim, um mundo de perpetuação da memória do defunto. Mas a cremação até é porreirinha, porque é mais higiénica e tal, e acaba com o panorama deprimente que são as campas abandonadas. Às vezes apenas a terra com uma plaquinha com o número. Que até serve de elevação para o pessoal que vai a funerais ver melhor o enterro. Acho delicioso ouvir gente dizer que dá azar pisar campas, cruzes credo, Deus nosso Senhor nos livre, mas que os montes de terra, como estão ao abandono, são terras de ninguém. Queiram elas ter familiares fofinhos que lhes façam campa e levem flores. Ou então que cremem. Porque cremou, acabou.
Olá Squall, mais conhecido por ursokoala, tudo pegado, vai-se lá saber porquê. Uma cenoura pra ti.
Cá agora:
Eu que sou uma vítima (também conhecida por chinesinha, lá no banco, que é caixa, por trabalhar muitas horas e ser mal paga, lol) explorada deste nosso mercado laboral, tenho que trabalhar sábado que vem. Estão-me a ver a entrar às 8 da manhã depois de ter dormido 2 horas, tendo em conta que o bairro agora fecha às 3, a trocar as hipotecas pelas conversões e relarórios de avaliação, a data de inscrição matricial pelo número da conservatória, as áreas da garagem pelas das varandas, o pvt em euros por escudos? Nah! Mim pedir então encarecidamente que adiem por um diazinho. Eu depois vou em Setembro. Eu vou a todas, senhores. Desde que me deixem dormir =P.
Sendo que concordo com os críticos que falam em flop para o do Depp e Bale, e etc, safa-se a Diana Krall, e o conteúdo senhores.
Sendo que houve um que me surpreendeu agradavelmente pela positiva (muito austeneriano, mas mostra o que queriamos ver, digo eu).
Sendo que deles já se esperava isto. Recomenda-se em 3d, a tradução tá bem feita. Escolham horário sem putos.
E vivam as vossas próprias aventuras.
Senhoras e senhores, bem vindos ao mercado de trabalho.
Eis 2 semanas passadas desde que ingressei na bela instituição que é a CGD, devido a um hacker fofinho e simpático que decidiu lixar o sistema e alegrar a existência de uns quantos juristas desempregados. Digamos que sou a mais novinha da minha sala, e a única que não participou activamente de uma conversa sobre "vampirinhos fofinhos" do Crepúsculo. Digamos que me divirto a desligar a tecla num lock e a ver o ar desesperado de gajas aos berros que o teclado não funciona, e depois sou mágica porque o faço teclar outra vez. Digamos que a parte mais fixe do meu dia é quando chego as 8 da manhã e estou sozinha, quando vou à casa de banho e quando estou sozinha na fila da cantina. Digamos que eles até já sabem quem é o ser que diz bora lá, há que desinfectar as patinhas, que fala com as hipotecas, que berra pela conversão, que diz bom dia ou boa tarde, pede desculpa e muito obrigado, que amua e de vez em quando está com trombas acentuadas. Digamos que esperam por mim, que me convidam para jantares, cafés, almoços e conversas, mas que dou por mim e a sentir saudades dela de manhã ao café a maldizer comboios que pegam fogo, saudades dele para ter conversas que não estupidificam o cérebro e para me deixar animada com o pessimismo habitual, saudades dela para teimar, saudades dele para me virar para o lado e o acordar ou partilhar um sudoku, saudades dela para fumar e maldizer machos. Saudades de outras criaturinhas e criaturinhos, tantas que dói, e quase que corro para aqueles wcs bonitos, com mármore, sensores de movimento (lol) e música clássica para chorar, porque nunca pensei sentir tanta falta deles, e tinha-me esquecido como são fúteis e más as pessoas. Eu não gosto de novelas, gosto de ser pontual, irrita-me que me apaguem as contas no excel quando as tou passar para o papel, não gosto de falar sobre meios contraceptivos todos os dias ao almoço, sobre bodas, não acho bem que num segundo estejam a dar graxa a uma pessoa e no segundo a seguir estejam feiamente a dizer mal dela, não gosto que me chamem a atenção por erros que cometa quando me ensinaram a fazer assim (odeio relatórios de avaliação, brr). Passaram duas semanas e já me dói quando estou lá. E procuro a solidão. E represento tãao bem. 11 horas por dia. Mas há coisas piores, e sempre me rio quando me aparecem análises de urina agrafadas a processos de hipoteca, ou quando me aparece um processo de um assistente da faculdade (coitadinho, está-se a divorciar) e sei que o sr aufere 4000€ por mês (besta), ou quando uma vivenda (moradia unifamiliar/fracção autónoma em regime de propriedade horizontal) está mal situada porque "há muitos traficantes a traficar nas imediações".
E pronto, se para a semana virem alguma notícia sobre um homicídio na CGD, fui eu que espetei a tesoura ou o tira-agrafos na minha colega do lado, que ganhou o prémio de ser que mais irrita aqui este ser (epah, não imaginam. Mas merece outro post).
"Uma semana sem falar contigo? Perco o rendimento no trabalho!"
Tenho um problema. Com escolhas. Passa-se que há uma grande decisão a tomar na minha existência, e há precipitação (não, não é chuvosa). De vez em quando acontece. E nem sempre ganham os melhores motivos. Até agora, no hard feelings. Quer dizer, de vez em quando há um questionar. E um auto-ofender. Especialmente quando se metem outros ao barulho. Mas agora é que vão ser elas. Há que pensar, há que decidir.
É tipo.
O primeiro dia do resto das nossas vidas.
Eu tentei. A sério que tentei. Não colocar os olhinhos numa série que para aí anda denominada de "Liberdade 21". Ora hoje isto foi ali parar. Desde que ah e tal, estive a analisar o 202º do C.C. e acho que podemos alegar que os animais são vistos como coisas pelo ordenamento português,ou, se continuas a trazer a guitarra para o estágio vais mas é tocar para o metro a ver quanto ganhas. E desde quando é que uma aluna de letras tem dinheirinho e tempo e paciência para contratar um advogado só porque o senhorio entra no quarto dela e quer saber da sua vida pessoal? Hum. Parece-me que de vida real isto tem muito pouco. E os close-ups às patinhas das pessoas? Um must.E dizia eu mal da tvi.
Enfim, há algum tempo andava para constatar que o Continente e o Modelo deram a volta por cima. Lidl foi mau e cruel e não fez o trabalho de casa como deve ser. Então os senhores da Sonae, que podiam ter dado uso às viborazinh;perdão, advogadozinhos que por lá têm, acharam melhor responder na mesma moeda. Com voz de quem fala para atrasados mentais. Pondo uma lista à entrada a comparar verdadeiramente os produtos. E com uma selecção desses mesmos produtos. Vá, eu sei que vocês não são os mais baratos, que eu até faço o tpc e coisas chegam a ser menos 10c, ou 1€ e tal no Pingo Doce e Mini Preço. Mas já que é para comparar, comparem decentemente.
In your face, stupid lady!
http://www.fd.ul.pt/LinkClick.aspx?fileticket=xIftDxxzCYU%3d&tabid=511&mid=493
O estranho é que, conhecendo aqueles wc's como conheço, hum...
Podia estar a pensar no atraso dos bombeiros que o tinham ficado de ir buscar há meia hora atrás (e bem que já tinha protestado). Ou nas dores que teve quando foi transferido do sofá onde está há uma semana sem se mexer para uma cadeira de rodas que depois não dava para ir decentemente na ambulância. Ou na eventual operação à coluna. Ou se saía de casa para não mais voltar. Mas no momento em que os bombeiros o resolvem colocar na maca, colocada à frente da minha viatura, esquece um bocado as dores para me chamar pelos dois primeiros nomes e perguntar se tinha batido com o carro.
(Não fui eu, apareceu. Mas só ele para reparar nisso numa altura destas).
Não, não estou, estou com a Becky, a Nikita, a Pushy, a Mrs Norris e a Minnie.
Mas sou a única com carta de condução e o poder de abrir latinhas.
Interrompendo as obras no blog e a caça aos coelhos desaparecidos para relatar o estado da nação. Mais propriamente o estado da saúde e da educação:
Algo vai mal quando uma pessoa com doença terminal e que não se mexe da cintura para baixo fica internada num corredor à espera de vaga. Sim, eu sei que há casos piores, de pós-operatórios e esvaziamentos em sangue nos corredores, mas o que me toca neste momento é o referido.
Algo também vai extremamente errado quando um Sr Prof catedrático referenciado na imprenda nacional por nefastos motivos se esquece de comparecer ao exame pelo o qual foi falado.
Enfim, é o país que temos. E quando há bocado eu via uma ser na TVI com uma tatuagem a dizer orgulho de ser portuguesa, bem que tremi.
A amuada, a que não diz nada de jeito, a bêbeda, a que tem boas ideias que se usam, a que serve de meio de transporte, a que tem que estar sempre disponível, a que quando tenta combinar coisas fica pendurada, a que tenta ser prestável mas que depois se arrepende, a pessimista, a que não tem padrões de qualidade, a que não tem brio pessoal, enfim, a que escreve neste blog:
Informa que o mesmo vai fechar. Até um dia destes
A Nikita não gostou de ver um grupo de pessoas pintadas a sair da água. Pior, não gostou da música, demasiado épica para o seu gosto canino-refinado. Para mim, ela não percebeu o conceito por detrás daquilo. Engraçado, eu também não.
Saindo das águas...
>Viagem no tempo...
A vida abundante que proliferou nos mares durante todo o Paleozóico inferior contrastava fortemente com o que se passava nos continentes onde rochas nuas, batidas pela chuva e pelo vento, se estendiam a perder de vista. Nem as plantas nem os animais tinham sido até então capazes de se aventurarem fora da protecção proporcionada pelas águas dos oceanos.
A forma como os diferentes grupos de seres vivos foram conseguindo solucionar os PROBLEMAS resultantes de uma vida à superfície dos CONTINENTES, levou a que a sua colonização não surgisse toda ao mesmo tempo. Se há cerca de 470 milhões de anos (período Ordovícico) era já possível encontrar algumas PLANTAS terrestres, os ARTRÓPODES que, provavelmente terão sido os primeiros animais a viverem fora de água apenas o conseguem fazer cerca de 50 milhões de anos depois (período Silúrico).
Finalmente, há cerca de 370 milhões de anos (período Devónico), foi a vez dos ANFÍBIOS conseguirem adaptar-se a viver, pelo menos parcialmente, fora de água. Um novo mundo se abria então à exploração de novas formas de vida. A variedade de continentes tornou-se ela própria um factor impulsionador da diversificação dos seres vivos. No final do Paleozóico (há cerca de 251 milhões de anos) a exuberância das formas de vida continentais tinham atingido níveis em tudo idênticos ao das formas marinhas.
[topo]
>...Conceito CientÍfico...
No seu tratado "Dos Corpos Flutuantes", Arquimedes enuncia um dos seus princípios mais importantes:
"Todo o corpo mergulhado total ou parcialmente num fluido (isto é, num líquido ou num gás) está sujeito a uma força de direcção vertical, dirigida de baixo para cima, cuja grandeza é igual ao peso do volume de fluido deslocado."
esta força denomina-se IMPULSÃO.
Deste modo, a acção da GRAVIDADE sobre os seres vivos que vivem imersos em água é total ou parcialmente compensada pela impulsão. No caso da sua densidade ser igual à da água, ambas as forças se equilibram o que significa que é como se estes seres não estivessem sujeitos à acção da gravidade.
A saída para os continentes, onde ficam imersos no ar (um fluido com uma densidade cerca de mil vezes inferior à da água) implica que a força de impulsão é muito menor e, por conseguinte, a força de gravidade torna-se predominante. Esta é a razão pela qual alguns animais que se deslocam facilmente dentro de água, são totalmente incapazes de se deslocarem em Terra (por exemplo as baleias) ou apenas o fazem com enorme dificuldade (como acontece com as grandes tartarugas). Deste modo, a colonização dos continentes pelos seres marinhos implicou profundas transformações estruturais (por exemplo a nível dos esqueletos ou dos sistemas musculares) que permitissem sobreviver em condições adversas.
Mas a saída das águas implicou também outras transformações morfológicas importantes de modo a resolver, por exemplo, a necessidade de:
- manter a TEMPERATURA do corpo aproximadamente constante num ambiente onde as amplitudes térmicas (diurnas ou anuais) são muito maiores do que as que existem dentro de água;
- protecção contra os RAIOS ULTRAVIOLETAS na ausência da camada protectora de água que actua como um filtro;
- RESPIRAR fora de água;
- evitar a DESIDRATAÇÃO.
>...Conceito ArtÍstico.
M'Spirit
O espectáculo da companhia Zigrolling pode parecer essencialmente visual: formas e luzes desenham um percurso hipnotizante…
Fazendo participar um público não visível é uma nova definição de "espectáculo" que nós procuramos, a qual explore não só uma estética táctil e mais profunda do Zig, mas também um novo público: um público plenamente implicado e criativo… Partilhar a experiência artística que oferece o Zig e a sua fonte infinita de imaginação e movimento, constitui uma procura de enriquecimento mútuo.
Tal como os primeiros seres marinhos que ensaiaram a conquista dos continentes tiveram que procurar formas de ESQUELETOS mais rígidas, também aqui os artistas procuram equilíbrios improváveis e ousados em torno do ZIG.
Pessoas que hoje pensaram que iam ver e ouvir Depeche Mode. Eu também ponderei deslocar-me ao Porto. Suspirei de alívio quando o problema com o vocalista se resolveu e deixaram de cancelar concertos. Porém, é demasiado cruel, rebuscado.
Substituir Depeche Mode por Xutos e Gift.
Não há comparação possível.
A desilusão, o desgosto.
Felizmente há Novembro.
Estou com vocês, pessoas. Estou com vocês.
Síndrome de macacos do ártico, é o que é.
A saga da osga terminou hoje. Apesar dos meus vizinhos pensarem que de há uma semana para cá a minha casa é palco de violência doméstica, ou que somos histéricas por berrar histericamente ( a miss jornalista matutina ) às duas da manhã, ou telefonar a dizer que elá está no fogão ( mais uma vez, a dona jornalista ). Pois hoje fui eu quem deu de caras com a bicheza, e olhem que não é uma visão agradável, principalmente porque eu tinha estado sentada no chão a poucos cms daquilo, e depois quase que lhe toco, na penumbra (brrrr). Bem, a bicheza morreu, morte lenta e dolorosa, e foi às patas de Deus (ex neo), e teve direito a funeral até ao caixote verde-tropa da EMAC (que dá bom ambiente). Espero que ninguém resolva reaproveitar uma certa esfregona, iacc.
Obrigada progenitores por me terem dado o nome que deram. Ou então obrigada à secretaria por ter feito os turnos assim. Para que raio serve o regulamento????
15 de Junho -----> 6 de Julho. Não acho normal.
Não dormi. Às 10 (tão optimista) monto o pc, sento-me e de 2 em 2 minutos vou carregando no separador que diz secretaria virtual. Assim como quem não quer a coisa, desço muito devagarinho a parte da consulta de inscrições. Esta gente está a ver se me mata. E depois vou a oral, ou nem isso, e o tempo que se desperdiça nisto deixa-me a pensar. Mas por enquanto é do que eu vivo.
Se ele tem dores eu tenho muito piores.
Ah, se ele está em casa não está mal. Se estivesse mal estava no hospital.
É mil vezes pior um cancro do que estar em coma / prefiro que (um outro)ele esteja em coma que tivesse um cancro...
Prepare-se para o pior.
A morfina é o princípio do fim.
Ah, se isto já está assim...então...pois...
Com o (preencher com o nome de alguém que tenha morrido com cancro)foi exactamente assim.
Ele não se mexe porque não quer.
Não lhe telefono porque me emociono.
A morfina subiu-lhe ao cérebro, não diz coisa com coisa.
Ele precisa é de tomar mais morfina a ver se clarifica as ideias.
Ah, eu sei que estás a passar tempos difíceis. É a vida.
E a minha preferida desta semana:
Obviamente estás a exagerar, está-se mesmo a ver...pffff.
Com amigos, familiares e para-familiares assim, a vida faz mais sentido. Obrigadinha.
E se ficarem até ao final, a Info-excluída guincha.
Terá Michael Jackson morrido mesmo ou não?
Enquanto agências noticiosas se deparam com a dúvida, outra paira no espírito da Miss Jornalista Matutina:
E os concertos vendidos em Londres? Ele não pode morrer, já vendeu os bilhetes!
Alteração das circunstâncias pupulando nas orais de TGDC deste semestre...
"Ah onde estará a Nikita? Tadinha, está atrás do sofá, deve tar com muito calor. Hum, estou a estranhar ela estar quieta há tanto tempo. Hum... !!!!!!!!"
Meretriz da cadela roeu o cabo de internet. Parece que precisava de fibra. Ainda fez o favor de o puxar da parede. Agora olha, se durante as férias estiver isolada da civilização, já sabem.
Ai tristeza!,
eu jurei
nunca mais cantar o fado.
Foi por amor
que o calei,
por amor ao meu namorado.
Que o fado é mau,
corrompe a alma com demónios,
manjericos, Santo Antónios
amores vagos e episódios
de faca e alguidar.
Ainda para mais é um negócio
de direita
que esta malta aproveita
para se vangloriar.
-"Fica aí no teu cantinho!"
- diz-me assim, com carinho,
meu amor, para não cantar.
-"Meu amor, mas o destino
não se roga." E fez ouvidos
moucos ao que eu fiz jurar.
-"Aqui me tens a confessar:
-foi apenas o destino
que é cruel e pequenino
e nos quis vir separar...
Ai tristeza!,
podem ir ver
quebrada aqui já a promessa.
E esta voz
canta a doer
sem fado nem amor. Que resta?
O fado não é mau,
não é um crime ou um defeito.
É um emaranhado de cordões
que nos entrelaça o peito
e precisa de ser solto.
Corre o risco de sufoco
quem prende o fado na voz
e anda ali com aqueles nós
a apertarem na garganta.
É mais rico quem o canta;
pobre, quem lhe dá prisões.
Tu e eu não somos dois...
Meu amor, tens de pensar
que isto é pegar ou largar,
são estas as condições:
tu e eu e as canções.
Um peito que canta o fado
tem sempre dois corações!
Após uma tarde a secretariar virtualmente quase de 3 em 3m (segundo o meu progenitor), vou deolindar que também tenho direito. Tschüs!
www.fd.ul.pt
Carregamos com precisão no botão vermelho. Se não temos aquilo gravado, preenchemos o espaço para o número e para a senha com o coração a bater muito forte, damos um murro no enter, carregamos na consulta de inscrições, scroll down, uff não, better luck next time, ou então bolas, tenho que ir à oral, ou bolas, nem dá para ir a oral, ou TÁ FEITA!
É a nossa vida nos tempos que corregem, de meia em meia hora, os mais nervosinhos, opu duas vezes por dia, os mais realistas =P.
Quem de vocês, caros e fofíssimos leitores, já foi a Borba, começa a pensar porque raio foi aquilo elevado a cidade... Para além de ser minúsculo e de faltar serviços básicos, há aldeias do concelho que são quase do mesmo tamanho..lol.
A resposta não está nos vinhos nem nos mármores. A resposta, senhores, está no partido que está no poder em Borba. Senão reparem, Vila Viçosa é muito maior que Borba, tem património cultural e religioso, atrai carradas de turistas por ano, mas por ter escolhido o partido errado para mandar...lol.
Ah pois. Há pessoas que pensam que Estremoz é vila. Não, é cidade há quase há um século. Agorem imaginem Borba, que é quase metade de Estremoz. LOL.
Vá lá. Borba é cidade. E Sintra e Oeiras são o quê? LOL.
Mas o melhor foi o mayer de S. Pedro do Sul a dizer que é a terceira força hoteleira do país, só ultrapassável pela grande Lisboa e pelo Algarve...
LOL.
Bond, James Bond, dirige-se à Rússia para matar um magnata do petróleo com um gatinho persa branquinho como favourite pet. Pelo caminho passa pela Polónia e celebra um contrato de compra e venda de armamento com um industrial belga.
Na Sardenha assina uma Convenção antenupcial com uma Bond Girl Loira e em Itália casa-se com uma americana divorciada de um brasileiro. Meanwhile, estoira o seu Aston Martin a bordo de um paquete que atravessava o canal do Panamá, e o Q quer saber quem paga os danos, se ele se Sua Majestade. A M. manda-o pastar, e quer despedi-lo com fundamento em assédio à Miss Moneypenny (ou lá como se chama).
Sabendo que:
A Sardenha aplica a lei alemã
A América é um ordenamento plurilegislativo
Estou farta de inventar e por isso vou ficar por aqui
Diga se 007 deve assaltar o Casino do Estoril para pagar os estragos (ou quid iuris).
Hoje dei uso ao triângulo e ao colete reflector (que fazia publicidade à Renault e ao Stand cá do sítio). Porque o estúpido do Hugo Henrique (leia-se, viatura) resolveu morrer em plena estrada nacional 4. Sabia lá eu que viaturas que vão a 90 podem morrer subitamente na estrada! (e não, não era eu que ia a conduzir, era a miss jornalista matutina). O ponteiro da velocidade começou a descer vertiginosamente e o acelarador morreu. Felizmente conseguimos pô-lo na berma. Porém, onde raio arranjar ajuda num feriado numa santa terrinha no meio da descivilização? Conhecendo o mecânico e indo a casa dele. Ah pois. Mas o mais chocante nem é isso. O mais chocante é srs camionistas e srs automobilistas verem 2 pobres fêmeas apeadas e apenas abrandarem com ar trocista. Apenas uma alminha, um senhor de terceira idade, veio perguntar se a criaturinha jornalista tava doente e se precisavamos de ajuda (imaginem as trombas dela). De resto, abrandavam, olhavam, e continuavam trocistas. E o mais giro, foi que após o sr mecânico chegar na sua viatura reluzente, e estar de volta do sinistrado, toda a gente para e perguntar se precisava de ajuda! Inclusivamente, pessoas que o conheciam (logo que sabiam que ele era mecânico), e que tinham passado antes, lá iam perguntar se o sr precisava de alguma coisa (e vendo o carro dele ali parado). Ora, então é assim. Obrigada. Nojo de pessoas. Camelos. Bestas. Morram. Há-de vos acontecer o mesmo. Num dia em que esteja 40º. E já agora, num dia em que nem o reboque ande por ali. Nem a assistência em viagem (que veio depressa porque pensava que era um acidente e ficou muito desapontada ao ver que não havia sangue). Maus. Ah. E comprem Renault que pelos vistos isto já não acontecia.Lol.
o dormir é secundário
ser intervencionada ao jantar, num sítio e hora improváveis. baril
depois venham-me pedir para ter calma, ou para sair vá lá não sejas chata, é só uma horinha ou duas, e enfim, dormir é para meninos, e essas coisas de justiça relativa não existem, porque ela é como o sol: quando surge é igual e é para todos.
até vos mandava a um certo sítio mas isso não servia de nada e eu ficava na mesma.
logo...
bem, o fim é o princípio.
Ora raios partam o raio da minha sorte. Quem vai ser trucidada terça, quem é quem é? MOI MÊME. Pior que isto só o Fausto Quadros a dançar o Living la VidA lOCA do Ricky Martin com o Miguel Bastos e a sua perua-sombra ao lado a fazer coro e a abanarem-se freneticamente de camisa aberta. E isto para quê? Para expressar como me sinto em relação a estes palhaços que têm a mania que são bons e melhores que aos outros genericamente e que o resto é lixo e vamos tratá-lo como tal.
Meretriz da senhora maluca de arruda dos vinhos. GRRRRR.
Quem me dera que a nave ficasse sem combustível na terça feira.
ARGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Perguntem lá, o que fizeste no fim-de-semana? Nada. Porque o raio dos 3, 4 cafés que estava a beber por dia foram kaput, e tive que dormir 11h por dia, tal e qual urso pardo para compensar. Entretanto há os outros, senhores. Esses que andam aí e não me dão descanso.
Vou deambular nos corredores da CMVM. Pode ser que encontre a Tânia Simões, e que abata a ira sobre ela e não sobre motorista da RNE.
BAH.
Preciso de férias.
I got my head checked
By a jumbo jet
It wasn't easy
But nothing is
No
Woo-hoo
When I feel heavy-metal
And I'm pins and I'm needles
Well, I lie and I'm easy
All the time but I am never sure
Why I need you
Pleased to meet you
I got my head down
When I was young
It's not my problem
It's not my problem
Yeah yeah
Yeah yeah
Yeah yeah
Oh yeah
I don't know what you're looking for
you haven't found it baby, that's for sure
You rip me up and spread me all around
in the dust of the deed of time
And this is not a case of lust, you see
it's not a matter of you versus of me
It's fine the way you want me on your own
but in the end it's always me alone
And I'm losing my favourite game
you're losing your mind again
I'm losing my baby
losing my favourite game
I only know what I've been working for
another you so I could love you more
I really thought that I could take you there
but my experiment is not getting us anywhere
I had a vision I could turn you right
a stupid mission and a lethal fight
I should have seen it when my hope was new
my heart is black and my body is blue
And I'm losing my favourite game
you're losing your mind again
I'm losing my favourite game
I've tried but you're still the same
I'm losing my baby
you're losing a saviour and a saint
Amanhã vou ser crescida e gastar dinheirinho numa coisa cara. Agarrar no multibanco e gastar ali de chofre quase 1000€.
Ou
Amanhã vou buscar a criança à maternidade.
A está em Belém. A tenciona ir apanhar o comboio a Belém. Faz sentido, não é. A recebe um telefonema de B, sua consaguínea, com uma proposta para ir com ela para casa. Faz sentido. C leva A até ao metro da Cidade Universitária, onde B a aguardaria, e aproveitava para lá deixar D que faria quase o mesmo percurso que A e B.
A manda vir com B e D por molengarem, porque o metro estava a chegar, e eles ali em cima, passar o passe, descer rapidamente, corre não corre, vale a pena ou não, nisto D entra e A e B ficam de fora (mas não bateram com o nariz na porta, atenção). Seguiram a máxima de que há sempre o próximo metro. Eis que ele chega. A e B entram. Esperam que a porte feche, uma vez que são 17.50h, hora de ponta, e querem apanhar, vá lá, já nem pedem o das 18.25, mas pelo menos o das 18.40. A porta não fecha. Esperam. A porta não fecha. Aguardam. A porta não fecha. A coloca delicadamente a sua cabecinha fora da porta. Por motivos alheios ao Metropolitano, a circulação na linha amarela encontra-se temporariamente enterrompida. Mau. Aguardemos. Nada. Pessoas começam a entrar. Vamos morrer esmagados. Pessoas começam a sair. Menos mal. A e B sentam-se. A constata, ao fim de 10m, que agora a circulação só se faz entre o Rato e o Campo Pequeno. Ah, baril. Se calhar é melhor desistir. Lá em cima, caos total e o sr do metro com a camisa às riscas a aconselhar sair. Bem, a verde deve estar a funcionar, não? Bora ao Campo Grande a pé. Ir. Chegar. A porta fechada. Um carro de polícia a bloquear. E nenhuma explicação. Baril. Now what? Now we play the waiting game. Felizmente A e B safaram-se, por E e F estarem na mesma situação e irem para o mesmo lado. E chegaram praticamente à mesma hora do que chegariam se tivessem ido de comboio. E esta, hein?
Moral da história: nem sempre há o próximo. Há coisa se coligam extraordinariamente para lixarem a vida a um ser na véspera de teste. E as #%* do ML podiam ter avisado que era só a estação do Campo Grande a estar fechada e que a partir de Alvalade já havia. Bestas.
Neste momento, os urros do Angélico ecoam na cidade de et´z...Aposto que é porque ficou sem fêmea. Espero que aquilo in loco soe melhor, e que tenham distribuido tampões, para o pessoal não ficar surdo.
(clickar para aumentar)
Atentai na bondade da criatura que envia os votos directamente da sua conta no Banco Mais (JEEZ, COMO É POSSÍVEL DAREM-LHE EMPREGO NUM BANCO?), para o mail da subturma. Admira-me que os votos de Bom Natal, Feliz Ano Novo e Excelente Páscoa, bem como o de Divertido Carnaval, Criativo Dia das Mentiras e Democrático 25 de Abril não tenham chegado da mesma forma...
Aconteceu no dia antes. Chegar à linha 2 mesmo a tempo de acenar ao comboio. E esperar 15m pelo próximo. Isto porque almas caridosas no metro teimam que o passe que não dá há-de dar, nem que fiquem 3m preciosos na fila. Ou porque querem ir todos na última carruagem e não cabem e depois tem que se estar MUITO tempo em cada estação.
Enfim. Vicissitudes de quem anda em transportes públicos.
Ontem não foi excepção. Eu até pensei que, enfim, vou conseguir. Mas 3m no Martim Moniz deitaram as minhas expectativas por terra. E eis que chego às portas do metro no Cais do Sodré exacatmente às 18.40h, hora a que por acaso o comboio apita, fecha as portas e vai. Bem, nem vale a pena correr. Subir o primeiro lanço de escadas, olhar para o placard electrónico que já anunciava o das 18.55h. Subir as escadas rolantes nas calmas. Olhar para o céu e maldizer os 15m de tempo desperdiçado. Baixar os olhos e ver que o comboio ainda lá está. E com a porta mais perto aberta. Segurada por um mitra. Que resolveu rebelar-se contra o sistema rígido dos horários. Ou então bateu-lhe forte a via solidária.
Mitras de Portugal: o meu muito obrigada. Graças a um de vós poupei tempo. E tempo é dinheiro. E isso, nos tempos que correm, é um bem raro.
Your own personal Jesus someone to hear your prayers someone who cares your own personal Jesus someone to hear your prayers someone who's there
Feeling unknown and you're all alone flesh and bone by the telephone lift up the receiver I'll make you a believer
No princípio eram as cenouras. Depois vieram os rabanetes. Finalmente os nabos. E é de nabos que te venho hoje falar. De nabos e nabiças. O Tobias resolveu abandonar a toca. Paz à sua alma, durou mais do que a aproximação de algumas pessoas, que supostamente seria para sempre. Adiante.
Hoje no Antro fui vítima. Mais um bocadinho. Até o suplício acabar. Um 9,5 não é um 9 nem um 10. Está no limbo. É giro. Ter notas destas. Melhor só 9,9. Mas há vítimas piores. A do antro em frente. Foi vilmente vilipendiada. Coitada. Deve ser de família. E a culpa é da coisa das notícias. E ainda dizem que os primeiros não são os últimos. Pfffff...
E há a família. Coelho, diz-me, o que é a família? Poderemos escolher a família? Eu acho que sim.
Por falar em família, vi que foram adoptados uns primos teus. Um porco e um gato. Ena.
Estou ligeiramente deprimida coelho. Farta da minha existência humana. Era tão mais fácil ser um animalzinho. Ou não. Por mim enrolava-me na toca e hibernava até à próxima Primavera. Podia ser que as coisas melhorassem. Ou piorassem.
AH! SÃO MANAS? (Sra idosa weird que pergunta a terceiro que estava a interagir connosco- porque nós temos 3 anos e não sabemos falar).
Não, somos primas afastadas.
Até amanhã se Deus quiser.
E se Ele não quiser? Que é que acontece?
Acha que a natureza se criou a si própria?
Por acaso, até acho (morder os lábios até fazer sangue porque é feio "responder").
Que comi um cachorro, foi nas Amoreiras. Devia ter uns 3, 4 anos. Lembro-me que era um carrinho muito giro, às riscas como se vê nos filmes americanos, e uma sra fardada a condizer. O meu avô estava a falar com ela e de repente vira-se para mim e pergunta se eu quero comer um cachorro. Fiquei em pânico e quase que chorei, porque imaginei-me a comer um ser fofinho e peludo de 4 patas... Depois lá perceberam o meu dilema, riram-se todos e a sra simpática esteve-me a explicar que era uma salsicha no pão com ketchup, basicamente.
Hoje vamos ali ao Ikea e pagamos 50c por uma amostra de (vá lá, 1.50€ se formos mãos largas e quisermos menu), mas temos discricionaridade no molho. E hoje também sei que cachorro sem mostarda não é cachorro. É uma salsicha no pão com ketchup (ou sem).
(clicar para aumentar)
O Sr Prof Regente da Cadeira Direito da Economia II (todo o respeito será pouco), enviou para o email das subturmas os links de relatórios assaz interessantes que deveriamos ler. Pois bem, houve uma alminha que resolveu agradecer ao Renato (o Sr Prof) a disponibilização dos materias. Assim tipo oh Renato tás fixe yo. E assinar pela turma toda. Porque somos uma turma tãoooooo unida. Agora gostava de saber quem foi a alminha que fez a proeza. Só vejo duas hipóteses:
1)SóniaMarisa
2)Sra da Intervenção
E sendo que ambos estes nomes figuram mais abaixo do mail (forwarded mails, acho).
Conhecendo vocês as peças, está aberta a votação.
Direito da Economia II é mesmo uma cadeira enguiçada. "Do além".
Sendo que o adeus é a 31 de Julho. (esperamos)
Pensemos em grande: já não optamos pelo atiranço da ponte.
E os horizontes também já se expandiram para além do ir pedir para o Templo de Diana.
O problema é o seguinte: não pensamos. Não concebemos, não queremos.
A existência era muito mais fácil quando conseguia prever o futuro. Mas talvez mais monótoma, seria?
E daí talvez não. Eu que até tinha gostado tanto dos erimitérios da Serra d'Ossa. É isso mesmo, passar o resto da vida ali. O problema eram as pegadas dos javalis ali à volta.
O problema é o não querer. Agora. Livra. Devia ter ido para o Conservatório. Burra burra burra.
Pois já nada me apela. Nem olhar para corredores do Ikea. Quero lá saber do que vem a seguir.
(a isto há quem chame depressão. eu chamo constatação).
"Viajar de autocarro pode ser uma das experiências mais radicais que temos oportunidade de viver no dia-a-dia e, ainda por cima, nem sequer é muito dispendioso.Não partilham da minha opinião?Pois, então, atentem nos seguintes aspectos e vejam se depois mantêm a vossa ideia.
A surpresa
O factor surpresa é, provavelmente, um dos mais importantes nas viagens de autocarro. Nunca sabemos a que horas passa um autocarro nem se vem a abarrotar até à porta ou se virá vazio. E lá estamos nós na paragem fustigada pelo vento e pela chuva ou então abrasada pelo sol, a olhar para o horário dos transportes e a tentar perceber porque é que, se no horário há indicação de um autocarro que passa às 8h00, são 9h30 e nós ainda estamos ali. Entretanto, distraímo-nos da questão, viramos costas para ver uma montra ou um cãozinho que passa e, zás! Lá vai o autocarro rápida e desenfreadamente... e nós continuamos ali.
A emoção, a ansiedade
Quando finalmente conseguimos apanhar um autocarro há dois cenários possíveis: ou este vai cheio até à porta ou está praticamente vazio - com meia-dúzia de pessoas de aspecto nada recomendável.Se o autocarro for cheio, primeiro há que tentar passar por entre as pessoas até conseguir validar o bilhete. Depois de cerca de 327 pisadelas, 7 cotovelos enfiados no estômago e 4 puxadelas de cabelo lá conseguimos "picar" a senha. Em seguida, e com o cuidado de pôr em prática algum do civismo que possuímos, tentamos avançar até ao meio do autocarro para não ficar a obstruir a porta... Má ideia! Acreditem que passar por entre senhoras com 1 m de envergadura que se plantam no meio do corredor central com as pernas abertas para se equilibrarem, adolescentes que abanam freneticamente a cabeça ao som de Rammstein e jovens raparigas que tentam a todo o custo que não lhes toquem nem num fio de cabelo é uma tarefa do mais emocionante que pode haver.Se o autocarro for vazio sentamo-nos num dos lugares perto da porta, talvez o segundo ou terceiro que encontremos. Eis senão quando entra uma senhora de idade avançada com 4 ou 5 sacos de compras na mão e que, com uma imensidão de lugares à sua disposição, vai querer sentar-se exactamente no lugar em que estamos. Depois de duas ou três tentativas para convencer a senhora a "desamparar a loja" lá temos de lhe ceder o lugar e ouvir coisas como "Esta juventude está perdida..." ou "Anda aqui uma mulher a trabalhar...".
Pura adrenalina
Como qualquer desporto radical que se preze a viagem de autocarro tem de disparar a produção de adrenalina. E é o que acontece! Senão, vejamos.O motorista arranca da paragem e, ainda estamos a tentar sair de perto da porta e já ele fez uma travagem brusca pois viu um gatinho a tentar atravessar a rua e, como está bem-disposto, até vai parar. Isto dá direito a uma nódoa negra no braço que embateu violentamente na frente do autocarro. Quando já estamos bem seguros a um apoio no corredor do autocarro, começam as curvas e contracurvas. E lá vamos nós a balançar: ora pisa a senhora que vai ao nosso lado e olha para nós como se nos fosse matar, ora dá uma cabeçada ao senhor que vai mais atrás e que cheira a cerveja, ora leva com a mochila de uma miúda nas pernas, ora caem em cima de nós 2 ou 3 senhoras que não tiveram tempo de se segurar. Depois, mais uma travagem brusca - por causa de um carro que vinha da direita e não tinha nada que se meter - e lá vamos todos: cabeça e tronco para a frente, pernitas para trás. A seguir, uma aceleradela brusca e desta feita cabeças e troncos para trás e pernitas para a frente, todos coordenados. Um autêntico bailado, um Lago dos Cisnes contemporâneo... lindo!!
O aroma
Geralmente, os desportos radicais são praticados ao ar livre e podemos sentir o aroma da Natureza. No autocarro também... podemos sentir o aroma da natureza humana.É em viagens matinais que se percebe a quantidade de pessoas que não lavam os dentes quando estas bocejam e espalham pelo ar já saturado do transporte o cheiro à cebola da salada do último jantar. Nas viagens de fim do dia os hálitos já estão salpicados de cerveja, toucinho e café e somos ainda surpreendidos pelo cheiro a suor e a pés que já fizeram muitos quilómetros.
Como vêem, andar de autocarro é puramente radical..."