Meia noite e meia, semi na cama, ela vai para o quarto dela. Abre a porta e fecha a porta logo a seguir, abruptamente. Mas fica do lado de fora.- Podes chegar aqui, sff? Epah, não, já tou na cama. - A sério, vem cá. Depressa. DEPRESSA. Ainda demoro o meu tempo. Eis-me chegada ao corredor, - Acho que está um gato no meu sofá. Ah, digo, coitadinha, e principio a voltar para a cama, farta que gozem comigo ando eu. - Não, a sério, eu abri a porta e ele estava no sofá a olhar para mim. É enorme e cinzento. Bem, abro a porta, et voilá, nada. Ainda arredamos o sofá, espreito até onde posso debaixo da cama, bato no colchão, nada. Quero tomar disso que andas a tomar. - Não, a sério, eu não estou maluca, vi um gato. Epah, é impossível, como é que um gato entrava no segundo andar, e com a porta sempre fechada? Nisto, um MIAU. Nítido, perfeito, audível, miauu. MEIN GOTH, a criança tem razão. E agora, o que fazer? Primeiro passo, fugir, não vá o gato ser enviado do demónio (e ter pulgas). Depois, enfim, confrontarmo-nos com o felino. E depois abrir porta da rua pra felino bazar. Isto com gritos histéricos osga alike à mistura, porque isto de ter um gato alheio na cama a meio da noite tem que se lhe diga. Felino não baza. Felino já baza. Vai para o corredor, olha para nós, e volta prá cama. Enfim, lá agarrei no bixano. A sorte é que era fofinho e educado (e asseado),e até me agradeceu quando o coloquei na rua. Como entraste, gatinho, nunca saberemos. Mas para o ano, pelo sim pelo não, não vá aparecer um hipopótamo, tomaremos precauções extra.