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Hipoteticamente falando: Quando Lara Croft deixa para trás o seu mentor Lord Von Croy, há um misto de dor e satisfação mal contida por se ver finalmente a voar a solo. Para além duma nova mochila velha, Miss Croft tinha adquirido / apreendido várias skills que posteriormente lhe vieram a ser de fulcral importância. Apesar de ser deveras irritante o homenzinho estar sempre agora vais tu lá abaixo, agora entras tu no poço, vais buscar aquilo mas é para mim, rasteja até ali e carrega na alavanca para eu poder passar; o que é certo é que a mocinha aprendeu. É claro que no fim fartou-se (I'll walk my own path now), mas é um preço que os bons mestres por vezes pagam. Por exemplo, o meu Professor de música. Não há dúvida que ele é um músico, e o seu percurso comprava-o, mas ambos tivemos o azar de calhar um com o outro. Vá, eu agora até posso recordar com carinho as guerras de giz/bocadinhos de borracha que mantínhamos na sala de música, ou quando ele me ofereceu penas de pavão que retirou dum quadro da parede como prenda de natal, ou tivemos uma pequena dissertação sobre póneis/ cavalos azuis que foi dar a porcos. Mas na altura quis-me ver livre dele e agora, olha, podia ser uma criatura de renome e estou para aqui a escrever baboseiras (palavra muito em voga nestes últimos meses, hein?) enquanto devia estar a acabar uma P.I. Ora, mas eu constatei recentemente que ODEIO advogados, pseudo-advogados, e afins. Vá, juristas incluídos. E isto porque começa-me a irritar sobremaneira a forma de falar das criaturas. Parece que se estão a dirigir a mandatários da parte contrária (ora toma, eu também percebo umas coisinhas). Razão tem a Naná, que diz que colegas são as meretrizes. Será que elas também notificam, requerem, esperam deferimento, etc etc? Guess not.

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