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Vida de estagiária

(O que eu sonhei a vir escrever um post com este título)


Quando eu fui para lá, falaram-me em bolas de cristal. Pensei que era só para os lugares comuns, género onde está o papel higiénico para substituir quando o rolo acaba, onde estão as folhas de rascunho, quando batem à porta ou toca o telefone tens que ir lá tu apesar de nunca ninguém te ter dito nada (deve ser pra alegarem que nunca pediram aos estagiários para fazer trabalho de secretária, lol).
Nah, afinal a bola de cristal teria aplicação prática. Género, 2 dias a encontrar um regime em que o caso encaixasse e a ler acordãos e depois de falar com o patrono n vezes, e me sair o desabafo, pois, se houvesse reserva de propriedade...
-Ah, mas há reserva de propriedade. Eu não lhe disse?
- Não (obviamente, senão tava ali com aquele trabalho todo e aquele discurso para quê?)
-Ah, mas está aí no histórico da conservatória.
- Olhe que não.
-Está está. mostre lá (esta estagiária é estúpida que nem uma porta, se não fosse o caso de ter a porta lá de baixo avariada e a secretária refilar tanto para descer e esta o fazer logo, mandava-a pastar)
Olhe tem razão, não está. Mas tem reserva de propriedade.

Isto é um exemplo. Já houve outro muito mais giro que valeu um telefonema da cliente em fúria.
Senhor patrono, senhora griposa, eu não adivinho. Nem eu, nem a minha ilustre colega. Artes divinatórias é mais com a minha irmã. E o estágio dela é muito mais giro do que o nosso (dá para beber vinho rasca à borla).

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