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Escolhi Alemão no 10º. Ano porque era isso ou Francês, coisa detsetável pelas professoras que tive. Aproveitou-se a do 8º. Ano, salvo erro, e mesmo assim sob o estigma de ser a minha aluna duma turma de 26 criaturas e não me lembro se me chegou a dar o 5.

Eu lia em francês, escrevia em francês, declamava, representava.

Três amusé, eu até sabia as declinações. Tinha para um efeito um mini livro que se tornou a minha bíblia e que hoje já não possui as páginas todas, tantas vezes desfolhados.

Sobre mim estava um peso que não via em cima de outras criaturinhas: mãe e pai professores de português, mãe de inglês e alemão, pai de francês aussi.

Daí eu esfalfar-me em trazes excelentes e etc para casa, para não desapontar.

Mas no 10º. Ano escolhi alemão. Porque estava farta do francês, porque queria aprender uma língua nova, por causa da progenitora, e por causa dumas criaturas que passavam na MTV e cantavam em alemão. A fim de perceber o que as criaturinhas cantavam, lá fui eu para o inferno. Que podia ter sido perfeitamente evitável caso me tivesse calhado outra professora na rifa. Facilmente comprovável quando a sra foi operada aos testículos e com a sua substituta, para além dos seher gutts que obtinha oralmente, tive um 18 num teste em que cerca de 80% da turma chumbou. Já agora, isto no 12º. Chegámos ao ponto de ter nota mais elevada a ed. Física que a alemão. Shame on me. Facto que se veio a revelar irrelevante, passo a redundância, quando saco um 14 (ou quinze, mas é melhor vangloriar-me por baixo), no exame nacional, e sou a única a subir. Ora toma minha meretriz.

Entretanto embirrei terminantemente com os senhores alemães.

Isto até um affair me reobrigar a definir as minhas convicções metaleiras/ undergroundeiras. Aí sim, Ich will und Du hast a torto e a direito; estávamos na época do Dalai Lama e do reise reise e só não fui ao P. A. porque nessa época ainda não ia a concertos sozinha para esses lados (só coliseu, cá agora). Em vésperas de concerto esgotado, um pseudo engate da festa de cerveja oferece-me bilhetes, amor e boleia, ao que eu, como menina de boas famílias e convicções um tanto duvidosas nessa matéria, recusa, ficando a remoer aquilo até se lembrar do próximo.

A minha relação com os senhores é assim, um amor-indiferença, como já percebi que se pautam as relações entre os seres humanos normais.

Entretanto quis o vil destino que a criatura com quem eu viesse a trocar saliva mais amiúde tivesse uma profunda adoração pelas criaturas. Leva a bicicleta. De vez em quando lá berro eu que sou arrastada para moshes e cenas do género, mas no fundo no fundo até gosto.

Como ando numa de aprender com os erros passados, eis que no dia 30 me arrastarei obedientemente para lá, falarei educadamente a todos os gajos, machos e simpáticos que façam parte do grupinho dele, e tentarei não afogar as mágoas em cerveja.

Que no fundo, é a imagem de marca de todo o bom alemão que se preze.

*n.b.: qualquer palavra em alemão patente neste post está pessimamente escrita

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