"Somos 3 meninas que querem fazer orais de qualidade.Por favor rezem por nós...Amén!!!"
Por Marta Marcos
A cã levou um tiro no quintal. Ficou com um buraco no lombo, redondinho como só um chumbo sabe fazer. Um veterinário depois, perdeu muito pêlo e ganhou dois agrafos. A parte gira foi quando o vet retirou a carne lacerada com uma lâmina cirúrgica. A minha progenitora, mais uma vez, não se aguentou (tem um longo historial de semi desmaios em hospitais e veterinários quando envolvem cortes e afins) e teve que receber assistência. Enfim.
O suspeito é um puto que, aparentemente, não gosta de cães e tem uma flubber. Já não seria o primeiro chumbo que eu apanhava no chão.
O que me irrita é que este puto quando era pequeno passou muita fominha. Os pais deles preferiam o álcool às fraldas e abandonavam o puto nas escadas do prédio onde viviamos. Os meus pais muitas vezes lhe deram jantar, e uma vez até o encontramos a gatinhar sozinho e ficámos com ele até a mãezinha aparecer. Muitos brinquedos lhe dei. A minha progenitora foi até professora dele.
Mas enfim, tudo isto serão argumentos para se dizer, oh coitadinho do puto, é um revoltado, se não gosta de cães deixa-o lá dar tiros, também não morreu ninguém, no fundo ele é um rejeitado da sociedade...
Pois sim. Foi uma sorte não ter sido a minha avó.
-Não foi assim que te eduquei.
-Oh, eu perdi toda a educação que me deste nos três anos em que me abandonaste.
Indeed. Deixei-a dócil como um cordeiro para a encontrar má como uma cabra.
Hoje choveu.
Ora, passa-se que as estradas ficam alagadas.
E que os carros não têm em consideração srs peões.
Imaginem a Alameda da Universidade, da parte que vai do metro até à FDL.
Imaginem um caloiro de fatinho, a sair do metro, nervoso, quiçá para a sua primeira oral.
Imaginem um táxi a não ter em conta nenhum destes factos, ao acelarar junto do passeio.
A cara do caloiro: "O FDP MOLHOU-ME TODO!!!!"
Sou má, eu sei. Mas o que eu me ri.
Para a minha irmã me mandar uma mensagem a dizer que a sala está bue desarrumada porque saiu à pressa, é de temer o pior.
Parece que passou por aqui uma manada de gnus.
Sabe-se lá porqu€, não vou v€-los no domingo ao Colis€u. Mas já os vi no Rock in Rio =D
Antes de ter um blog escrevia um diário. Não era diário mesmo, porque não escrevia todos os dias. Era um caderno A6 onde iam lá para as neuras. E fotos, e bilhetes de sítios giros onde fui, e papéis e etc. Não tinha cadeado. Acho que foi vilipendiado numa das casas por onde passei. Nunca o dei a ler a ninguém, se bem que já mo tivessem pedido. Depois comecei a namorar e perdi o tempo e a necessidade para aquilo. Ainda tentei mas nada. Já não surgia.
Eis que algum tempo depois me decido virar pró Blogger. Poucas pessoas sabem deste blog. Antes deste tive outros, que duvido que alguém tivesse visto e agora estão semi enterrados. O que me move não é o número de visitas. Gosto do feedback, mas principalmente porque vem de gente que conheço, admiro e respeito, e não do Zé duma esquina qualquer que foi ver a Soraia Chaves ao Youtube e veio aqui parar por obra e graça do Google. Não me interessa andar a publicitá-lo, porque vinda eu de um meio pequeno já sei do que a casa gasta, e se quando eu saio à rua pessoas que estão na Póvoa do Varzim ficam a saber, imaginem esta pequena parte da minha existencia aqui espelhada, o naco que não deveria ser para aquelas alminhas.
Um dos meus maiores receios é a minha irmã descobrir. Ou a besta do meu primo. Ou primas, que acho que também já estão grandes. Ui, o que não seria. Porém, acho que não o fecharia. Não acabaria com isto, que é meu e é um desvaneio. Não escrevo mentiras. Nem falo deles.
Isto tudo para dar um conselho à senhora fadista: é triste, mas desistir é próprio dos fracos. Não vivemos no escuro. Não escreveste nenhuma mentira. Tudo bem, sentes-te mal com isso, eu também sentiria. Mas acabar é bué: ganharam, fiquem lá com a bicicleta. Há mais formas de preservar a anonimidade. Eu gosto de ter ler. E tu gostas de escrever. Pensai bem nisso.
Amanhã vou comprar morfina. Depois conto como foi.
Para quem não sabe, é mais difícil comprar morfina que casa, quase.
Queriam pôr-me a lavar escadas!!!!
Lol. Passa-se que despediram a sra fêmea das limpezas. Supostamente, criaturinha devia limpar escadas uma vez por semana, e nepes. E às vezes ia trabalhar as 6 da manhã. Cuscas das vizinhas que tudo sabem deram por isso. Mas fez barulho? NÃO! E depois ela não mudava a vassoura. Que vergonha. E armazenava água. Cute. E passa-se que a semana passada não veio e prédio tá nojento. Imaginem a minha cara, senhores, quando a vizinha de cima cujo cão, perdão, cadela Tuxa, limpa as patas no meu tapete emo do Ikea, se vira para mim e pergunta, meninas, podem confirmar que está sujo, não é verdade? Oh se posso minha senhora.
Então a modos que é assim: a mocinha da limpeza que é loira vai prá rua, e há que arranjar quem limpe. Alguém está interessado? E foi a parte em que olham para mim. Perante o meu silêncio, a sra de cima diz "parece que a prima da Maria do 3º dto tá interessada em limpar escadas". Ao que a Margarida do 1º dto, que é enfermeira e bombeira e outras coisas acabadas em eiras, e está a pagar a casa à CGD, diz ah, eu já tenho emprego, mas há por aí tanta gente sem emprego, não deve ser difícil arranjar( parte em que ela e a sra de cima olham para mim com ar reprovador, género minha grande valdevina que não fazes nada e pelos visto nem queres fazer). Ao que a Sandra do Condomínio (sim, porque nós somos muito chiques, temos gestão privada) esclarece ah pois, mas há empregos e há trabalhos. Eis que chega a Maria do 3º dto que tem um restaurante que foi assaltado no dia 26 de Dezembro, vejam bem, já nem as Festas se respeitam. Larápios maus roubaram as garrafas de wishky para as partir na rua mesmo em frente. Do velho, srs, um crime! Maria, a tua prima não quer limpar escadas? Ah, quer mas eu não me meto nisso, arranjem vocês o número dela, é a Graciete casada com o Mário que tem os 2 piquenos.
Ah, e então as meninas de Estremóz? Tão caladinhas não têm nada para dizer? São gémeas? Qual é a mais velha? Ah, muito bem. Ah, a Lucinda que cá teve é que limpava bem escadas. Mas parece que era lá do Alentejo. Olhe aí que Estremóz é no Alentejo. Ah meninas, eu não tenho nada contra o Alentejo é uma terra linda linda, e olhe que o meu neto e o meu bisneto nasceram e moram lá, e o meu filho mora lá, e eu tou a falar no Alentejo mas não é por mal! Ai filha, és tão parecida com a tua tia! Engraçado, digo eu, sempre disseram que era com a minha mãe. Vizinha de baixo, Lurdes, com gato Noddy e que está a fazer fisioterapia diz logo sim sr, claramente é com a mãe. E pronto, vem a ladainha do paizinho, e há ais credos horrorizados Deus nos livre e guarde, e depois fala-se da crise e da América, dos filhos e de quanto custaram as fracções na altura, e a mobília de casado e a da casa do jantar e qualidade Cerne vs Ikea.
E parece que tenho uma mesa de bilhar na cave.
Eh lá, hoje despedi uma pessoa.
"A tese é como o porco, não se deita nada fora."
Umberto Eco, Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas
Antena 2, 8h da manhã, notícias, sra locutora:
Bom dia!!!!!!!*
Desemprego, fome, miséria....**
*(em tão alegre e enérgico)
**(logo a seguir, muito depressa e em tom assaz dramático)
Todos vocês, caros webmates, conhecem o meu problema com os vizinhos, nomeadamente, com os de cima. Ele é aspirar às duas da manhã, ele é arrastar móveis all night long, ele é berros, ele é o cão, ele é deixar cair objectos pesados de repente que quase nos param a respiração, ele é estender roupa de forma a nos tapar completamente a janela, etc etc etc. Basicamente queixo-me por não conseguir dormir, nem estudar, nem ser respeitada. Ultimamente também me queixo por as bestas dos netos deixarem bocados de pão no MEU tapete. E de descofiar que limpam lá os cascos antes de subir (a cadela tenho a certeza que limpa).
Adiante. Arranjaram-se tampões que dão para dormir, os fantásticos phones WESC dão para alhear do mundo cruel, e com o resto aprendemos a viver, umas vezes melhores que as outras.
Há bocado, estava eu a chegar a casa, e vejo o vizinho de cima a chegar. Com sacos do Pingo Doce. Toca à porta, pousa os sacos no chão (impedindo a passagem) e começa a vasculhar os bolsos. Eu, educadamente, como a minha avó me ensinou, digo boa tarde, e tento mostrar que já tenho a chave em riste. Ah, tá aberta, responde o ser. QUE EXALAVA UM NAUSEABUNDO CHEIRO A VINHO. Hum, tá aberta, pensei eu, e que tal o sr subir? Nada. Enfim, tomo a iniciativa e sr resolve vir atrás de mim. Quer ajuda, pergunto eu, ao mesmo tempo que me autoflagelava interiormente, do género, és mesmo camela, a ajudares o gajo que só te ajuda nas insónias. Bem, sr não respondeu. Sr fica parado na porta enquanto eu a seguro. Eu desisto de segurar e começo a subir, enquanto ele grunhe a porta é para tar aberta. Whatever, quero lá saber, ala para casa que o sr tem ar de psicopata e trazia ainda uma corda na mão. Chego a casa, reparo que sr tava à espera de outro, que tem ar que veio da Cova da Moura (atenção, sr de cima tem p aí 70 anos, este teria 30, no máximo dos máximos), e resolvem parar os 2 à minha porta gritando f******, tou farto desta m****, e etc etc. Ok, não percebi, mas compreendi que seres desta envergadura não devem querer saber se uma pobre estudante de Direito dorme ou não de noite derivado do seu comportamento menos próprio. E agora resta calar-mee aguentar ou arranjar amigos no Bairro do Fim do Mundo que me venham defender. Yo.
E gostava de ter um coelho.
Vá lá....
Srs que não acreditam em links, acreditai neste
My zon card; ou a aplicação prática do Direito da Concorrência; ou reminiscências de uma frequência sobre a qual não quero falar
Posted by Senayuri at 22:16A Zon, ciente das dificuldades que o ano de 2009 lhe irá trazer (pudera, a tratar os clientes como trata), e da concorrência perigosa que se avizinhava da parte do Meo, resolveu presentear os seus clientes especiais (leia-se, que são há mais de um ano) com o My Zon Card, um cartão que supostamente permitiria ir ao cinema à borla. Quem lesse as condições que acompanhavam o cartão, iria ficar a perceber que tal daria muito trabalho. Seria só em alguns cinemas, da Lusomundo, só o titular do cartão que teria que mostrar sempre o b.i. poderia comprar e entrar, não podia exceder a quota de 50% de seres na mesma sala a ver à borla, and so on.
Os bilhetes adquiridos com o cartão eram pintados com um marcador, para depois à porta se reproceder à identificação do ser.
Ora, tudo isto é muito giro. Esquecem-se que normalmente quem vai ao cinema são os putos e quem paga as contas são os pais. Aliás, só um dos progenitores. O que gerou uma série de dramas nas bilheteiras. Eu nem tentei, apesar de ter um cartão em nome da minha avó de quase 90 anos. Giro foi ver pessoas a tentar comprar bilhete com o b.i. do pai, e quando recusado berrar: é injusto, só há um contrato por casa, só pode haver um cartão, o meu pai não vai ao cinema e agora só me deu dinheiro prás pipocas! E também houve aquelas mais espertinhas que mandaram o pai comprar e que depois se lixaram à grande na entrada. Ah, fora as demoras a entrar. Sim, porque estar a identificar o pessoal que adquiriu com o My Zon, a ver cartão e b.i., não é fácil. O que me fez jurar tão depressa não meter as patas num Lusomundo (eu que já não gostava muito).
Mas pronto, parece que o sr Medeia se queixou, com ou sem razão não interessa. Eu acho que com. A Autoridade também não brinca em serviço. E acho que fez bem em suspender.
Agora, os argumentos nojentos que há para aí na blogosfera e não só, de que o sr Medeia é mauuuu, acabou com a oportunidade de, nestes tempos de crises as famílias poderem poupar na ida ao cinema (mentira, poupavam uma ova, aposto que o titular nem quereria ir), nunca mais ponho as patas numa sala dele para ver um filme francês;todos estes argumentos monstram bem a mesquinhez do ser português.
Vivam os cartéis!
O zapping à hora do jantar trouxe as recordações do rei elefante que gostava de música clássica. Naquela altura, havia a série e os livros. Aposto que, se agora a moda pegar, vamos ficar inundados de tralha. As criancinhas de hoje em dia não sabem dar valor a nada. Todos as séries e filmes são dobrados, e nunca duram tempo suficiente para deixarem saudades. A culpa também é dos paizinhos, demasiado centrados em si próprios e em abusar da cultura do despachanço. As criancinhas não saem, não passeiam, ficam em casa a ver dvds de coisas nojentas que só as tornam mais estúpidas. Já nem cair podem. E são elas o futuro. Irk.
No Cascais Shopping. Por uma brasileira. Que me pediu para mostrar as unhas. Ela tava num quiosque no meio do corredor que parecia inofensivo. Nem percebi o que estava a acontecer. Foi tudo muito rápido, ela pegou-me na mão,pergunta-me o nome, diz o dela e ataca. Sem pedir autorização, viola-me a unha. Fez magia com ela. Resultado, tenho uma unha estupidamente mais brilhante que as outras e que dói ligeiramente. E ainda queria levar 30€. 25€, vá, que até gostou de mim. Diz que eu tenho as unhas fracas. E fez uma cena que as lixa ainda mais. Baril. Acrescentado isso que eu não cortava as unhas desde o ano passado, porque queria ver ate quando elas aguentavam (até se estavam a safar, novo record) e que tinha andado a chafurdar num capot de um certo citroën saxo e que elas pareciam as unhas do Shreck. Lá tive eu que andar a envernizar as outras, para não ser tão escandalosamente notório.
Resumindo: fujam. Tenham medo. Protejam as vossas unhas e as das vossas fêmeas. Passem palavra.
Um ano que vai ser terrível em todos os aspectos e mais alguns. Porém, encaramos as tormentas de frente, certos de que o navio chegará a bom porto. Mais cedo ou mais tarde. Neste ano ou noutro.
May the force be with us.