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Das ante-estreias

Caro Luís,

Tu és o patrono que eu nunca tive. Tu dás-me alegria, contribuis para os tempos lúdico-culturais da minha existência. Tu dás-me bilhetes para ante-estreias. Pode não parecer muito, mas nestes tempos conturbados de crise, até o é. E se numas são vip, e eu aprendo que afinal não devia ter ido de ténis e passamos o tempo todo a rir das tias que perguntam onde está a mesinha do vinho branco (épico), e se açambarcam ao leitão e às espetadas de fruta como se não houvesse amanhã ou estivessem a semana toda à espera do evento para comer (most likely), e, bien sur, a fugir das câmaras da sic/gajas do fama show como coelhos assustados (é essa a expressão); noutras, como a de ontem, são do povo e para o povo. Só tu para me fazeres ir ao cinema ao colombo (ecrans girinhos, estes novos), e só tu para me fazeres ir ver uma porcaria de filme como o Knight and Day, que não se percebe ao fim e ao cabo porque tem dia no nome, e não tem ponta por onde se pegue. Enfim, a cavalo dado não se olha o dente.
Gosto do pormenor do convite ser em plástico. Gosto. Agora aguardo com expectativa o próximo evento.
Tua, sempre fiel,

Sen

PS: O filme não vale um caracol, quanto mais os cinco euros do bilhete; basta terem posto as festas de San Fermín em Sevilha, com touros a correr nas ruas assim numa montagem mal feita, e pessoal de lá com o traje de Pamplona. Burros pah. E, já agora, os Açores não são ilhas tropicais. Como diria o comic book guy: worst film ever (in fact, acho que ele diria movie).

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