The Curious Case of Benjamin Button / O Estranho Caso de Benjamin Button
Um filme longo, que acompanha a vida de um ser, Benjamin Button, que ao contrário do comum dos mortais, nasceu velho e morrerá novo. O que coloca uma série de obstáculos à sua já de si difícil existência: o timming das situações que vivemos com uma certa idade está alterado. O que dizer de alguém que perde a virgindade aos 70 anos? O que dizer de alguém que vai trabalhar quando já devia estar reformado? O que censurar ao pai que o abandonou, mas que depois se arrependeu? E o que dizer da relação com Daisy? Que se encontraram a meio? Esta frase já se tornou um cliché neste filme. Mas é ao vermos como eles viveram nessa época, felizes, despreocupados, quase que apenas naquele colchão, que nos apercebemos que a felicidade é feita de pequenas grandes coisas, e que basta haver amor e disponibilidade e tudo flui maravilhosamente. Ou não. Porque há sempre a grande palavra: responsabilidade. Que surge na maior das vertentes: prole. E aí há que definir prioridades. Gostei também da vertente da despedida. Porque no fundo, o filme é de despedida. E que bom seria se todos nós tivessemos a oportunidade de nos despedirmos, com consciência, de quem mais gostamos.
Slumdog Millionaire/ Quem quer ser Bilionário?
Este filme fez-me acreditar, por uns míseros segundos, que tudo é possível. Fez-me ter pena, vergonha, orgulho, repulsa, entusiasmo. Por momentos senti-me envergonhada: aqui estou eu, nascida num país, vá, vamos dizer de 1º Mundo, que para lá caminhamos, a queixar-me de filas, de burocracias, de etc, quando na Índia há pessoas que pagam para usar um buraco com vocações de latrina. Que não tive que roubar ou trabalhar (até agora, não é) para sobreviver. Pena das desgraçadinhas das crianças orfãs que ficam com os olhos queimados com uma colher, para receber mais fundos. Orgulho de fazer parte da Amnistia Internacional e fazer certos seres da autoridade temerem utilizar meios mais gravosos. Entusiasmo porque afinal tudo pode ficar bem, sim, podemos ficar com o dinheiro e com a pessoa amada, apesar de toda a miséria que possa suceder. Mas depois atinge-me que é só um filme, feito a partir de um livro baseado num consurso e na miséria humana. E que tem havido protestos na Índia porque ridicularizam o país (ou seja, não é assim tão mau). E que só nos filmes o destino é cumprido (será?).
Fica a referência à realização, e à banda sonora, que é de facto fantástica. E ao final à Bolywood. Gostava que ganhasse, assim a mensagem do filme ficaria completa!
Changeling/ A troca
Um filme desnecessariamente longo. O filme acaba ao fim da primeira hora e meia, a outra hora e meia é puro sofrimento, faz-nos pensar que a longa espera vai ser frutífera, lá para o fim damos pulos de alegria na cadeira, uau, compensou, mas depois ficamos tipo Angelina Jolie, vim eu a correr para isto? Há que salientar a banda sonora, composta pelo próprio Clint itself, que se entranha no nosso crânio e nos faz ficar zombies, à mercê do seu próprio filme. Livra, que tema mais dramático e repetitivo! A actuação da Angelina mereceu a nomeação, mas não creio que vá ganhar. Um filme que se pode resumir nas seguintes frases: Where's my son? I want my son! It's not my son!
Vicky Cristina Barcelona
A Vicky. A Cristina. Barcelona. O Juan Antonio. A Maria Helena. O Woody Allen. E o Javier Bardem! AHHHH! O JAVIER BARDEM!!!
Um filme que já era esperado há muito tempo. Tive notícias dele logo a seguir a ter vindo de Barcelona, e depois do Scoop, as expectativas eram elevadas. Pena que o filme se fixe mais em Olviedo que em Barcelona propriamente dita. Mas há Tibbidabo. E há o Javier Bardem.
As meninas têm mais sorte que o comum dos mortais. Sim, eu quando lá estive vou para casa de quem? Do Andreas e da Joycelina. Elas vão para uma mansão. Elas bebem vinho ao jantar. Eu comia mac, burger king e pans. Uma casa, outra ganha uma úlcera. Eu fico sem dinheiro graças à fofura da CGD.
Outro filme para fazer pensar. Vale a pena ter a perfeição quando não é com a pessoa que se ama? Será isso assim a perfeição? O que é o amor? O que separa o amor do ódio? Quando devemos para e afastarmo-nos?
O filtro laranja a fazer lembrar o calor pegajoso de Barcelona.
O Javier Bardemmmmmmmm..............................................................................................................
Revolutionary Road
Bem, um filme sobre relações. Uau uau uau. Escusado será dizer que me vejo na pele da Sra Winslet, a questionar tudo, a acreditar, a sofrer a desilusão, o desgaste dos anos, a rotina, a mediocridade. Um filme sobre o quão perigoso que é ter putos. E que nos ensina a abortar caseiramente. Como sai deprimida deste filme, mein Goth. De salientar a actuação do sr Michael Shannon, que mereceria o óscar, não estivesse a concorrer com o Sr Padre, do qual falaremos de seguida, e o sr defunto Joker, que merece o óscar, quanto mais não seja porque não pode ganhar mais nenhum.
How do you break free without breaking apart?
Doubt/ Dúvida
Um filme duvidoso porque no fim ficamos na dúvida. O que há a dizer? Viemos pela dúvida e ficámos pelas actuações fantásticas que mereceram a todos nomeações para os óscares. Não bebam o vosso chá com açúcar.
I have such doubts!
The Duchess / A Duquesa
Um filme silly/ light, fora da corrida dos óscares, porque tem tudo o que possa agradar à minha pessoa: fêmeas sofredoras, séculos passados, partos, violações, palácios, british accent e a Keirazinha, a fazer lembrar o Pride and Prejudice, e a minha querida Jane Austen, que para aqui não é chamada. Porque a Jane Austen teria concedido à Georgiana ser feliz. Fêmea que se coloca na terrível posição de escolher entre crias e ser amado é uma fêmea infeliz. Eu se fosse a ela escolhia o ser amado, se quisesse putos reprocriava com ele, cá agora. Mas não, há que pensar no bem estar das criancinhas. Ah, e há outra grande falácia ao longo do filme. Raios partam os camelos dos homens, quantas fêmeas sofreram por causa deles??? Quer dizer, a culpa das criancinhas serem macho/fêmea é deles, e eles culpavam as desgraçadas que os carregavam e pariam. Raios os partam. É o sindrome do Henrique VIII.
NÃO VI O NIXON DERIVADO DA INDELIGÊNCIA DE CERTOS SERES. HUMPF
The Reader / O Leitor
Há que concordar com a blogmate ali do lado. Tão bom. Um filme que também dá que pensar. Gostei da fotografia. Gostei da adaptação. E dos actores. A Sra Winslet merece o óscar desta vez.
A vergonha de admitir que não conseguimos algo tão banal e tão vital à nossa sobrevivência. How far would you go to protect a secret?
Quem me dera ter tido um Professor assim.
The Lady with the little dog.