Pois com este corrupio cinematográfico alguma coisas cariacatas haviam de acontecer. Caricatas ou que me fazem pensar que vou deixar de ir ao cinema, que vou passar a ser uma criminosa e a ir à FIC adquirir os filmes que, menina, ainda nem tão nas salas!!!, ou a ir a sessões tardias.
Desde pessoal a levar menus completos do Mac e a abancarem literalmente a tenda dentro do cinema, com brados de passa-me aí o ketchup sem qualquer respeito pela máscula figura do Javi, a chão tão pegajoso de prévias sessões que até os ténis lá ficavam colados. Há ainda os senhores da projecção a limpar as lentes e a conversar em pleno filme, sem respeito nenhum pelo pessoal lá de baixo que bem gastava o spray em vão.
Mas a melhor foi a dos fluídos. Sabem aquele mito urbano de que no cinema as últimas filas são tipo um motel barato? Pois é. Por favor, passem a evitá-las. Eu bem sei que é chato estarmos sentados e termos um gajo a falar quase aos nossos ouvidos e a dar pontapés nas nossas costas (e que se tentarmos insurgir-nos ainda ouvimos do ser que veio connosco ao cinema, defensor das almas perdidas e do local de desrespeito que se tornou a sala sagrada de cinema), mas, acreditem, é muito pior no intervalo estarmos a olhar para as paredes e pensarmos pera lá, isto não é ...? e levantarmo-nos dum salto e constarmos que sim, IAC, estamos sentados em cima de algo já seco mas que usado correctamente dava para conceber criancinhas.
E sim, isto chateia-me, porque eu quando pago o bilhete vou para ver o raio do filme e não para me perturbar com externalidades negativas. É uma questão de civismo, pah! Não tamos em casa!