Blogger Template by Blogcrowds

.

A vida é o que fazes com ela I

Um dia ela fartou-se de olhar à janela, os cortinados de tule a cheirar ligeiramente a mofo a cobrirem os vidros que de tão finos deixavam passar a humidade. Pensou que fosse o que fosse que ela queria, não passaria por estar ali a olhar para a rua, onde nada nem ninguém passava, decerto com medo do homem mau que leva as meninas boas. Porque das más ninguém queria saber.
Foi buscar a mochila de pano e enfiou lá a vida: o seu pelucho rafeiro preferido, comida de plástico enlatada, um cobertor para ele e uma lanterna para ela, que isto de ter medo do escuro é lixado.
A vida enfiada dentro da mochila, a porta aberta, o descer rapidamente as escadas e a corrida rápida para o bosque. Estava cá fora com a vida, e agora? Era agarrar nela e fazer alguma coisa. Para onde ir? O que fazer? Com quem falar, quem conhecer? E as saudades do passado, haveria?
Demasiadas perguntas para um ser de 9 anos.
Ouviu chamarem por ela; estava na hora de voltar.
Pegou na vida e condenou-a ao sulplício eterno.

Ou então este, também não me importava nada :P


Vai abrir



A caça ao coelho da Lindt. Se bem que este ano esteja difícil qual destes escolher.






Grande verdade sim sra. Palminhas.

And the winners were...

Agradavelmente surpreendida pela Penélopezinha. E também gostei do reinado do Slumdog sobre o Benjamin. Melhor actor e melhor actriz extremamente bem atribuídos. Óscar póstumo ao defunto também. Pena o Cavaleiro das Trevas não ter vencido mais prémios, mas enfim, o Benjamin alguma coisa tinha que ganhar. O sr gay que venceu o melhor argumento original pelo Milk também mereceu a estatuetazinha. E muito bem ao Sr Penn pelo seu discurso a favor da igualdade. Booh para o Sr Peter Gabriel, é bem feita que não tenha ganho. Jai ho e melhor banda sonora merecidíssimos. Sr Hugh Jackman esteve muito bem na abertura. O óscar para a roupinha também foi mais que merecido. E mais qualquer coisinha terá que ser logo, que isto de ficar a pé até às 5 dá uma granda moca no dia a seguir. Ah, não percebi a cena com os Coldplay. Não há mais músicas decentes? Parece um premiar o plágio. E um compensar pelos grammys.

Façam as vossas apostas

Hoje é a so called noite mais longa do ano. Há quem diga isso da noite de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, ou da noite em que o SLB ganha o campeonato (ui, que saudades), mas enfim.
Cinéfilos amigos, vamos dissertar.

Melhor filme:

Indecisão ligeira entre o Bejamin Button e o Slumdog, o meu coração está com o Jamal. Bollywood vs Hollywood, oh yeah.

Melhor realizador:

Danny Boyle ou David Fincher.

Melhor actor:

Sean Penn ou Mickey Rourke. Gostei do trabalho do primeiro, mas acho que o segundo merece.

Melhor actriz:

Kate Winslet. Seria uma enorme injustiça se não lhe fosse parar as patinhas. A seguir temos a dona freira Merly Streep, e a Anne Hathaway, que ainda pode vir a ganhar muitos se se portar bem. A Miss Jolie não pode estar à espera de ganhar. Bem contente pode ficar com a nomeação.

Melhor actor secundário:

Bem. É justo ganhar o Joker, por razões anteriormente expostas. A seguir o sr maluco do Revolutinary Road também mereceria. E o padre que gosta de açúcar.

Melhor actriz secundária:

Acho que o prémio vai para a Marisa, mas o meu coração está com a Maria Helena. Go Penelope, go!

Filme de Animação:

Bem, não vi o do cão, mas o Wall-e provocou-me um ataque de choro no cinema que não era visto desde que o Simba ficou sem papá. Também vi o do Panda, mas acho que o Wall-e vai ganhar. Para bem da humanidade, ou não.

Argumento original:

Hummmm. O Wall-e. Por não tratar os putos como atrasados mentais.

Melhor banda sonora, bem como melhor canção original:

O Wall-e sem a canção não era nada. Mas o Jai-ho do Slumdog..hummmm. Não sei. Que vença o melhor.

Melhor guarda-roupa:

A Duquesa. Vá que fazer aquilos fatinhos deve ter dado trabalhinho.



E pronto, daqui a bocado logo se vê.

Um loop sentimental

E quando se pensa que é assim e já está estagnado, eis que a vida vem e dá uma volta por cima.

Assim sim!

Insólitos das salas de cinema

Pois com este corrupio cinematográfico alguma coisas cariacatas haviam de acontecer. Caricatas ou que me fazem pensar que vou deixar de ir ao cinema, que vou passar a ser uma criminosa e a ir à FIC adquirir os filmes que, menina, ainda nem tão nas salas!!!, ou a ir a sessões tardias.
Desde pessoal a levar menus completos do Mac e a abancarem literalmente a tenda dentro do cinema, com brados de passa-me aí o ketchup sem qualquer respeito pela máscula figura do Javi, a chão tão pegajoso de prévias sessões que até os ténis lá ficavam colados. Há ainda os senhores da projecção a limpar as lentes e a conversar em pleno filme, sem respeito nenhum pelo pessoal lá de baixo que bem gastava o spray em vão.
Mas a melhor foi a dos fluídos. Sabem aquele mito urbano de que no cinema as últimas filas são tipo um motel barato? Pois é. Por favor, passem a evitá-las. Eu bem sei que é chato estarmos sentados e termos um gajo a falar quase aos nossos ouvidos e a dar pontapés nas nossas costas (e que se tentarmos insurgir-nos ainda ouvimos do ser que veio connosco ao cinema, defensor das almas perdidas e do local de desrespeito que se tornou a sala sagrada de cinema), mas, acreditem, é muito pior no intervalo estarmos a olhar para as paredes e pensarmos pera lá, isto não é ...? e levantarmo-nos dum salto e constarmos que sim, IAC, estamos sentados em cima de algo já seco mas que usado correctamente dava para conceber criancinhas.

E sim, isto chateia-me, porque eu quando pago o bilhete vou para ver o raio do filme e não para me perturbar com externalidades negativas. É uma questão de civismo, pah! Não tamos em casa!

The Curious Case of Benjamin Button / O Estranho Caso de Benjamin Button


Um filme longo, que acompanha a vida de um ser, Benjamin Button, que ao contrário do comum dos mortais, nasceu velho e morrerá novo. O que coloca uma série de obstáculos à sua já de si difícil existência: o timming das situações que vivemos com uma certa idade está alterado. O que dizer de alguém que perde a virgindade aos 70 anos? O que dizer de alguém que vai trabalhar quando já devia estar reformado? O que censurar ao pai que o abandonou, mas que depois se arrependeu? E o que dizer da relação com Daisy? Que se encontraram a meio? Esta frase já se tornou um cliché neste filme. Mas é ao vermos como eles viveram nessa época, felizes, despreocupados, quase que apenas naquele colchão, que nos apercebemos que a felicidade é feita de pequenas grandes coisas, e que basta haver amor e disponibilidade e tudo flui maravilhosamente. Ou não. Porque há sempre a grande palavra: responsabilidade. Que surge na maior das vertentes: prole. E aí há que definir prioridades. Gostei também da vertente da despedida. Porque no fundo, o filme é de despedida. E que bom seria se todos nós tivessemos a oportunidade de nos despedirmos, com consciência, de quem mais gostamos.

Slumdog Millionaire/ Quem quer ser Bilionário?

Este filme fez-me acreditar, por uns míseros segundos, que tudo é possível. Fez-me ter pena, vergonha, orgulho, repulsa, entusiasmo. Por momentos senti-me envergonhada: aqui estou eu, nascida num país, vá, vamos dizer de 1º Mundo, que para lá caminhamos, a queixar-me de filas, de burocracias, de etc, quando na Índia há pessoas que pagam para usar um buraco com vocações de latrina. Que não tive que roubar ou trabalhar (até agora, não é) para sobreviver. Pena das desgraçadinhas das crianças orfãs que ficam com os olhos queimados com uma colher, para receber mais fundos. Orgulho de fazer parte da Amnistia Internacional e fazer certos seres da autoridade temerem utilizar meios mais gravosos. Entusiasmo porque afinal tudo pode ficar bem, sim, podemos ficar com o dinheiro e com a pessoa amada, apesar de toda a miséria que possa suceder. Mas depois atinge-me que é só um filme, feito a partir de um livro baseado num consurso e na miséria humana. E que tem havido protestos na Índia porque ridicularizam o país (ou seja, não é assim tão mau). E que só nos filmes o destino é cumprido (será?).
Fica a referência à realização, e à banda sonora, que é de facto fantástica. E ao final à Bolywood. Gostava que ganhasse, assim a mensagem do filme ficaria completa!

Changeling/ A troca

Um filme desnecessariamente longo. O filme acaba ao fim da primeira hora e meia, a outra hora e meia é puro sofrimento, faz-nos pensar que a longa espera vai ser frutífera, lá para o fim damos pulos de alegria na cadeira, uau, compensou, mas depois ficamos tipo Angelina Jolie, vim eu a correr para isto? Há que salientar a banda sonora, composta pelo próprio Clint itself, que se entranha no nosso crânio e nos faz ficar zombies, à mercê do seu próprio filme. Livra, que tema mais dramático e repetitivo! A actuação da Angelina mereceu a nomeação, mas não creio que vá ganhar. Um filme que se pode resumir nas seguintes frases: Where's my son? I want my son! It's not my son!

Vicky Cristina Barcelona

A Vicky. A Cristina. Barcelona. O Juan Antonio. A Maria Helena. O Woody Allen. E o Javier Bardem! AHHHH! O JAVIER BARDEM!!!
Um filme que já era esperado há muito tempo. Tive notícias dele logo a seguir a ter vindo de Barcelona, e depois do Scoop, as expectativas eram elevadas. Pena que o filme se fixe mais em Olviedo que em Barcelona propriamente dita. Mas há Tibbidabo. E há o Javier Bardem.
As meninas têm mais sorte que o comum dos mortais. Sim, eu quando lá estive vou para casa de quem? Do Andreas e da Joycelina. Elas vão para uma mansão. Elas bebem vinho ao jantar. Eu comia mac, burger king e pans. Uma casa, outra ganha uma úlcera. Eu fico sem dinheiro graças à fofura da CGD.
Outro filme para fazer pensar. Vale a pena ter a perfeição quando não é com a pessoa que se ama? Será isso assim a perfeição? O que é o amor? O que separa o amor do ódio? Quando devemos para e afastarmo-nos?
O filtro laranja a fazer lembrar o calor pegajoso de Barcelona.
O Javier Bardemmmmmmmm..............................................................................................................

Revolutionary Road

Bem, um filme sobre relações. Uau uau uau. Escusado será dizer que me vejo na pele da Sra Winslet, a questionar tudo, a acreditar, a sofrer a desilusão, o desgaste dos anos, a rotina, a mediocridade. Um filme sobre o quão perigoso que é ter putos. E que nos ensina a abortar caseiramente. Como sai deprimida deste filme, mein Goth. De salientar a actuação do sr Michael Shannon, que mereceria o óscar, não estivesse a concorrer com o Sr Padre, do qual falaremos de seguida, e o sr defunto Joker, que merece o óscar, quanto mais não seja porque não pode ganhar mais nenhum.
How do you break free without breaking apart?

Doubt/ Dúvida

Um filme duvidoso porque no fim ficamos na dúvida. O que há a dizer? Viemos pela dúvida e ficámos pelas actuações fantásticas que mereceram a todos nomeações para os óscares. Não bebam o vosso chá com açúcar.
I have such doubts!

The Duchess / A Duquesa

Um filme silly/ light, fora da corrida dos óscares, porque tem tudo o que possa agradar à minha pessoa: fêmeas sofredoras, séculos passados, partos, violações, palácios, british accent e a Keirazinha, a fazer lembrar o Pride and Prejudice, e a minha querida Jane Austen, que para aqui não é chamada. Porque a Jane Austen teria concedido à Georgiana ser feliz. Fêmea que se coloca na terrível posição de escolher entre crias e ser amado é uma fêmea infeliz. Eu se fosse a ela escolhia o ser amado, se quisesse putos reprocriava com ele, cá agora. Mas não, há que pensar no bem estar das criancinhas. Ah, e há outra grande falácia ao longo do filme. Raios partam os camelos dos homens, quantas fêmeas sofreram por causa deles??? Quer dizer, a culpa das criancinhas serem macho/fêmea é deles, e eles culpavam as desgraçadas que os carregavam e pariam. Raios os partam. É o sindrome do Henrique VIII.

NÃO VI O NIXON DERIVADO DA INDELIGÊNCIA DE CERTOS SERES. HUMPF

The Reader / O Leitor

Há que concordar com a blogmate ali do lado. Tão bom. Um filme que também dá que pensar. Gostei da fotografia. Gostei da adaptação. E dos actores. A Sra Winslet merece o óscar desta vez.
A vergonha de admitir que não conseguimos algo tão banal e tão vital à nossa sobrevivência. How far would you go to protect a secret?
Quem me dera ter tido um Professor assim.
The Lady with the little dog.

Algures nesta "viagem" perdi-me

Há quem goste de chamar viagem a esta coisa que é a vida. Eu não concordo. Viagem para mim é sentar-me num meio de transporte e ver a paisagem a mudar por uma janela. Sim, em pé também vale, como eu só considero viagem a sério a partir de um certo número de quilómetros, e que impossibilitam a viagem desacomodado.
Algures no percurso entre o meu nascimento e o momento presente perdi-me. Até estava a ser um começo promissor. Mas de repente a vontade de fazer mais e melhor perdeu-se.
Por acaso acho que consigo precisar o momento da desgraça. Mas não gosto de culpar outros por males que devem ser exclusivamente culpa minha.
E não sei o que sou, o que quero, para onde vou e o que fazer a seguir. Há algum tempo atrás, tudo tão simples. Não quero ser um adulto desses chatos, aborrecidos e prepotentes, com a mania que sabem tudo e que já se esqueceram do que é ser criança. Gosto de ver as coisas pelos olhos das criancinhas, apesar de não as curtir muito. É que elas agora são bichos estranhos, com uma redoma invisível à volta. Não falam com estranhos, não mexem em coisas por desinfectar, fazem birras por coisas estúpidas e não podem ser contrariadas. Uma maçada, portanto.
Gosto de coisas simples. Mas como elas estão definidas na minha cabeça. Nada de pré concepções pedagogicamente correctas. Na primeira classe ficava de castigo nos intervalos por pintar os gatos de azul. Para mim eles eram azuis, a minha cor preferida para o meu animal preferido. Chegou ao ponto de me tirarem os lápis azuis. É isso e proibirem os seres esquerdinos de usarem a mão esquerda. Bora cortar as asas.
Também gosto de comboios. Muito mesmo. Gosto do barulho, da confusão no cais, do pica, de viagens mais ou menos longas, da paisagem a mudar, de percorrer os carris a pé, de brincar com comboios antigos. Comboios são propícios ao pensamento. Criam uma espécie de transe.
Contudo não consigo pensar. Eu até sei o que devia fazer. Mas há o comodismo. Nem falo do medo, que nunca gostei muito dessa palavra.
Podia pegar num papel e tentar definir o meu futuro. Mas não estou para isso. Porque até sei o que me espera. Nada do que estava esperado.

Tonight: Franz Ferdinand



Para quando um concerto a solo, por cá, I wonder.

Isto vem muito a propósito



Pena que o ser visado não siga à letra a canção...mas lá que lhe assenta como uma luva, oh yeah.



Estes até nem são dos piores. Costumam ser de flanela opaca, ou cobertores que cobrem a janela toda. Mas enfim. Sucede que em plena tarde, um ser tem que acender as luzes porque se encontra privado de luz natural para estudar. Que a situação se tem repetido. Que as plantas murcham nestes dias. Que é uma falta de respeito. Que sofreu hoje uma tentativa de acabamento, e que, temo bem, tenha passado ao lado. A criatura minha irmã escreveu um bilhete cordial a pedir para dobrar lençóis e a explicar situação. E que já agora, vive gente aí em baixo. Bilhete esse que foi lido e estoicamente ignorado. Pessoalmente teria ido lá bater à porta. Nada há como um têt-a-têt (ui o francês). Mas há que convir que é girinho puxar o lençol e ter correspondência atrelada. E já deu para perceber que this means war.

Não a sério evidentemente. A menos que tornem a aspirar a casa, arrastamento de móveis incluído,toda a madrugada, em véspera de orais e afins. Aí haverá raiva e ranger de dentes.

Hoje @ Coliseu



Soulfly The Prophecy

Um excelente mosh. Mas acho que em espaços abertos corre melhor.
Já estou a ficar idosa para estas andanças.

http://kotaku.com/5152941/starcraft-ii-valentines-cards

Qual ursos, qual corações fofinhos, qual flores. Pffffff







Desenvolvimentos críticos logo que possível.

Newer Posts Older Posts Home