Blogger Template by Blogcrowds

.

Sobre o LOW COAST

"Já não é novidade para ninguém... as low coasts estão aí! As companhias aéreas renderam-se, hoje em dia é difícil pensar em viajar de avião dentro da Europa sem ter em conta a Ryanair! Já podemos fazer cruzeiros low coast no Mediterrâneo ou nas Caraíbas com a EasyCruises. Em Londres podemos alugar um escritório por 15 dias na Easyoffice. A Renault deu início à comercialização de uma marca low coast , a Dacia ... enfim!

Numa análise mais atenta, podemos definir a noção de low coast como um serviço desprovido de todos os extras que, tradicionalmente, o inflacionam. Ou seja, um serviço resumido ao essencial. Ora, por esta ordem de ideias não fará sentido imaginar um namorado ou namorada low coast ? Seria uma relação de baixa manutenção! Podemos tentar imaginar o cenário. Imagine-se uma relação em que, para comemorar uma data importante, não seria necessário marcar um jantar num restaurante fashion ... bastava apenas um Kit-kat e duas garrafas de água! Sempre que se desse início a uma discussão, uma das partes deveria dizer: ”Ficamos por aqui. Não posso discutir. Gostava muito, até porque acho que tenho razão, mas não dá.”

Imaginem ainda uma escola low coast ! Os alunos faltam às aulas, logo, nesta nova escola, não haveria aulas, apenas exames! Mesmo assim, quando os fossem fazer tinham de levar a secretária e a cadeira de casa. A cantina/refeitório não seria mais do que um daqueles parques com mesas de betão para fazer piqueniques. O gimnodesportivo era apenas um pavilhão vazio... e os alunos a chegar à escola cada um com o seu pelinto e espaldar a arrastar pelo chão!

Isto, obviamente, são ideias ridículas! ."

HABEMUS CUNICULUS!







MY LINDT BUNNY!

Desisto!

Becky, vamos passear!

(Becky vai a correr para a rua e coloca-se no passeio, estrategicamente próxima da porta do carro por onde costuma entrar).

Becky, vá lá, anda!

(Becky entorta a cabeça como quem diz "então, não é aqui?"; dá ainda com a pata na porta, a ver se abre).

Becky, não é aí! Vá lá, anda!

(Becky: "ai não é aqui? Hum, deve ser no outro carro! Bora prá lá"). Becky atrevessa a estrada e coloca-se estrategicamente à porta do outro carro, à espera e a olhar com língua de fora, como quem diz, "então, vens ou não vens? não façaste em passear?"

Posto isto, desisto de passear uma cadela que só aceita "passear" em viatura, sentada no lugar do passageiro, com cinto, janela aberta, cabeça e língua de fora, a babar tudo e a encher tudo de pêlos...

a rush of blood to the head




He said I'm gonna buy a gun and start a war
If you can tell me something worth fighting for
Oh and I'm gonna buy this place that's what I said
Blame it upon a rush of blood to the head

Honey
All the movements you're starting to make
See me crumble and fall on my face
And I know the mistakes that I made
See it all disappear without a trace.
And they call as they beckon you on
They said start as you mean to go on
Start as you mean to go on

um estranho chá de noivado

Santa Benedita Apolónia de Ofélia ergueu-se do seu leito. Apetecia-lhe sushi, mas o sashimi ocasional causava-lhe repulsa. Pensou se não estaria prenha; não credo, que palavra mais vil e imunda, de esperanças antes; mas se assim fosse os doces prazeres da existência, fossem eles peixe cru ou degustar um bom conhaque, ficariam negligenciados durante o tempo que durasse a gestação. E depois haveria que alimentar a pequena criaturinha berrante, que horror, não não nem pensar. Lady Ludovina Natércia saberia o que fazer. Mandou um e-pombo à sua pseudo-consorte, convidando-a para o chá. Fez o bolo de chocolate, e preparou chá Lipton para o repasto. Lady Ludovina Natércia chegou, à hora marcada, mandando vir contra a higiene dos passeios. Mandar vir era o passatempo preferido de Lady Ludovina Natércia. Tudo era claro devido à luz que entrava a jorros na sala branca, com estuque e janelas grandes que davam para uma rua sem árvores. Sentaram-se no canapé às risquinhas e conversaram sobre banalidades banais, como as são o tempo, a precepitação, a úlcera do senhor Malaquias, o chapéu da Dona Clotilde. E quando finalmente pararam porque o assunto se esgotou, pensaram nos livros que ficaram por ler, nos passeios que ficaram por dar e da vida que ficou por viver. Há bastante metafísica em tomar chá.

E Santa Benedita Apolónia de Ofélia não estava grávida, pois a semente não entrou em contacto com ela. Vá-se lá saber porquê.

Fatalidades



Morreu o baterista dos ABBA, degolado no próprio jardim...




E esta foi talvez a maior fatalidade a atingir a nação portuguesa nos últimos tempos... Alguém me xplica como é que isto chegou a este ponto? E é isto o futuro de Portugal... Criancinhas (algumas com menos de 10 anos )histéricas aos gritos a clamar que fugiram de casa, desmaios, seres a dormir à porta sabe-se lá há quanto tempo... Mas para quê? Se já tinham bilhete e ão queriam gastar dinheiro em hóteis, vinham no próprio dia...enfim.

Ah, e já agora



Também morreu o sr que realizou este filme, bem como outros igualmente notáveis. As fatalidades gostam de andar acompanhadas.

Se

A dada altura, olha-se para trás e amaldiçoam-se certas escolhas. A dada altura olha-se para a frente e congratula-se por certas escolhas. A dada altura pára-se a meio de uma conversa-se e pensa-se que ainda se vai a tempo de voltar à esquerda. E aí vê-se como se estava enganado. Tão cego. Mas ainda há tempo. Mas não se quer voltar atrás; admitir que se errou. Chocamo-nos com os erros, comentamos e fechamos os olhos aos nossos próprios.

No dia em que se parece achar que ainda "temos" um longo caminho a percorrer, fui passear num bosque e apanhei amoras. Percorri trilhos em busca de um coelho atrasado que não veio porque era imaginário. Tu estavas lá e rimos juntos e vimos o rio enquanto contemplávamos o futuro que tarda em chegar. No dia a seguir fizeste-me falta enquanto o baile prosseguia e eu não tinha par porque ele não encontrou o caminho a tempo. As fêmeas nos seus vestidos rodados não me deixavam esquecer que estava sozinha e nem o mar me soube sussurrar que iria passar. Acenaram com a corda e depois puxaram-na quando a ia agarrar. Doeu a aterragem na dura e clara realidade; que só serei minha daqui a muitos anos e que mesmo aí não saberei se haverá uma ficção.
No meio do chá constatei que, apesar de as chávenas estarem rachadas e sujas de pó, não teria preferido que fosse de outro modo e que fazes falta e foi o melhor que aconteceu e que tudo tem um porquê e talvez sim, sejas o meu sentido; eu pólo negativo, tu pólo positivo.

Gosto de cidades com prédios escuros e antigos.
Gosto de comboios, de preferência vazios.
Gosto de música, e gosto de gostar de música.
Gosto de chuva e de dias cinzentos.
Gosto de começar a ler um livro e de só o largar quando tiver acabado.
Gosto do mar e da praia à noite ou no inverno.
Gosto de árvores altas em ruas com passeios e casas do mesmo tamanho.
Gosto de livrarias e do cheiro a livro velho ou acabado de fazer.
Gosto de ler vários livros ao mesmo tempo.
Gosto do barulho que faz uma Heildberg a funcionar.
Gosto do cheiro a tinta, a cola e a gasolina.
Gosto de estar sozinha.
Gosto de escrever.
Gosto de animais.
Gosto de ser conduzida.
Gosto de andar de bicicleta.
Gosto de borbotos.
Gosto de chocolate.
Gosto de casas de bonecas vitorianas.
Gosto de crafts books.
Gosto de bonecas antigas.
Gosto de preto.
Gosto de viajar.
Gosto de me perder.
Gosto de aproveitar bem o tempo.
Gosto de fazer listas.
Gosto do que em tempos já fui e do que poderia ter sido.

Newer Posts Older Posts Home