A Cã foi hoje coercivamente impedida de continuar a sua linhagem. Apesar de ontem ter destruído um sofá de 2500€ (ainda agora estou a apanhar bocados de espuma), obviamente não posso deixar de me compadecer da sua inocência. Não querendo invocar aqui filosofias à la Planeta dos Macacos, não concordo em esterilizar para fins de controlo da natalidade. A Cã foi esterilizada para não perecer do mesmo modo que a sua antecessora (may she rest in peace).
O útero dela era muito giro. Lamento, mas veterinário não deixou fotografar. Desconfio que foi o almoço dele. Bem, Cã não pára de chorar, deve ter dores, a Becky está a prestar-lhe serviços de enfermagem (para as bestas que dizem que animais não pensam e não têm sentimentos, haviam de ver), deitando-se ao lado dela, lambendo-a e cheirando-a amiúde.
Enfim.
"Se soubesse o que sei hoje, teria preferido cachorrinhos."
Deve ser a coisa mais deprimente, um bando de desgraçados juntos à volta de um relógio, com álcool na mão, à espera de 12 badaladas, a engolir passas mesmo que se odeie, às vezes com pessoas com quem nem se gosta de partilhar uma viagem de metro do Campo Pequeno ao Saldanha, quanto mais. Manifestações da necessidade humana de acreditar que não levam uma existência tão patética assim. Uma noite como outra qualquer onde apenas se muda um dígito no ano. Às vezes mais.
Aos que ainda se dão ao trabalho de me convidar,obrigado. Talvez um dia eu tenha a liberdade de descobrir esse fascinante mundo das passagens de ano. Aos que acham que já não vale a pena, obrigado também. Também vou deixar de fazer coisas com vocês, porque acho que também não vale a pena. Aliás, se há alguma coisa que esta época estúpida que, felizmente, sexta-feira termina, nos ensina, é não fazer pelos outros aquilo que já sabemos que eles não fazem por nós. Apesar de não lhes custar nada, pura e simplesmente não merecemos o trabalho.
Até eu ter liberdade para decidir se quero jantar, se falo, se emito opiniões sobre um raio de um filme quando me apetece estar calada, se me visto de preto ou de encarnado, se uso calças ou saia, se saio agora ou daqui a 3 minutos, acho que a melhor companhia para esta noite fatídica é mesmo a minha.
Interpol, PDA.
Sábado acabam as férias.
Sábado começam as férias.
Nunca mais é Sábado.
http://www.philly.com/philly/hp/news_update/20081226_Phila__man_shot_because_family_talked_during_movie.html
Brad Pitt é sagrado para alguns.
Para outros, apenas o silêncio.
Segundo a Wiki:
- Main article: Rammstein discography
- Herzeleid (1995)
- Sehnsucht (1997)
- Mutter (2001)
- Reise, Reise (2004)
- Rosenrot (2005)
- TBA (2009)
Invocando os 200 anos do concerto de Beethoven em Viena, o Teatro Nacional de São Carlos trouxe ao Grande Auditório do CCB Fidelio, a única ópera do compositor alemão.
PROGRAMA
LUDWIG VAN BEETHOVEN
Fidelio, op. 72
Ópera em dois actos com libreto de Joseph Friedrich Sonnleithner, Stephan von Breuning e Georg Friedrich Treitschke segundo o libreto original de Jean-Nicolas Bouilly, Léonore ou l’amour conjugal.
ANJA KAMPE Leonore
SIMON O'NEIL Florestan
GREER GRIMSLEY Don Pizzaro
MATHIAS HOELLE Rocco
CHELSEY SCHILL Marzelline
MUSA NKUNA Jaquino
JULIA JONES direcção musical
ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA
JULIA JONES maestro titular
CORO DO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS
ANTON TREMMEL maestro convidado
Espanha, finais do século XVIII. Leonore, disfarçada de guarda prisional (Fidelio), tenta salvar o marido, Florestan, de uma morte certa numa prisão destinada a prisioneiros políticos.
Estreada numa versão em três actos intitulada Leonore no Theater an der Wien, em 1805, Fidelio sofreu de imediato a primeira revisão de que resultou a famosa abertura “Leonore”. A estreia com o título hoje conhecido deu-se, com grande êxito, em 1814 no Kärtnertortheater tornando Fidelio um título regular na programação dos teatros líricos. De novo à frente da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, Julia Jones dirige um elenco notável de solistas na apresentação desta ópera em versão de concerto.
Quase 3 horas em alemão, e apesar de a soprano estar constipada, não se deu por nada. Toda a gente se portou bem, não se ouviu nenhum telemóvel (!), algo raro nos tempos que correm.
É uma experiência fantástica para quem gosta de música clássica, porque não tem nada a ver o som ao vivo (dah). Pena que tivesse sido a versão de concerto.
Aqui fica a abertura:
Uma bela invenção. Imaginem que têm um progenitor muito doente, e que acabou de adormecer (o que é extremamente raro). Imaginem que os poucos familiares interessados estão todos informados para não telefonarem para o fixo, para não o acordar. Imaginem que às 20h 14m soam os telefones, e que se precipitam para o atender para tentar minorar o barulho. Do outro lado uma voz de sra-do-do-campo-na-casa-dos-cinquenta (ou não fosse o indicativo de Beja), diz "Hermínia da PT comunicações, quero falar com o sr...", ao que eu respondo, o sr tal não pode atender, fala a filha, e tento dizer que não estou interessada, muito obrigada, mas sou interrompida por "ah, então é a mulheri". Irra. Não, é a filha, já disse, e não estamos interessados em telemarketing, boa noite obrigada."ANTÃO PORQUÊ?" pergunta a Hermínia, bastante enxofrada na sua postura de telefonista de excelência. Irra outra vez. Porque eu já disse que não. Com licença.
Desta vez ainda tentei ser minimamente educada, apesar da má educação da Hermínia. Mas face ao desfecho disto (progenitor acordado abruptamente e 5m a vomitar, desculpem a escatologia), palpita-me que para a próxima despacharei mas abruptamente. Irra.
Porém, a mais valia é estar cerca de 2 semanas sem colocar as patinhas no antro. Ah, e sem gramar com estes vizinhos nojentos (grama-se com os outros, mas esses gramam-se melhor). E não ter apoplexias a gerir food and gas.
Allways look to the bright side.
Estou extremamente aborrecida.
Férias. Eu já sei como é. Duas semanas a levantar tarde e a olhar para os livros e a pensar, humm, amanhã ergo-me às nove e que bom que vai ser, o objecto do processo penal ali de seguidinha, que menina bonita que eu sou. Mas depois, há a logística do almoço, há os Simpsons e o Family Guy/American Dad e eu já sei que não vou pegar em nada antes das 3.30h. Depois está na hora de ir a casa da avó. E eis quando se regressa já se perdeu o sol e a vontade.
E não é só o estudar. São todos os planos. Hummm, vou tricotar um cachecol. Vai-se a ver e nem a lã se compra. Humm, vou ler carradas de livros. Vai-se a ver e nem da estante sairam. E etc etc etc.
No fundo, nem sei onde raio perco tanto tempo. E em Janeiro, quando perguntarem como foram as férias, a resposta será "curtas"!
Realmente, que grande afronta! =P
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"OS FDP PUSERAM A FACULDADE À VENDA!"
Sr de pastinha, incrédulo, no parque de estacionamento, a olhar para a faixa do Vende-se.