Podia eu falar sobre como a Media Markt ou lá como se escreve, parecia a Declaton com tantas tendazinhas montadas cá fora. Ou do gozo que fizémos a imaginar o dilema emocional de fans acampados há semanas no PA a decidir se lhes tocavam numa sessão de autógrafos ou se apanhavam com o suor deles ao vivo. Ou das pitazinhas a chocarem-se com o visual ultra femme do Billyzinho. Cá para mim vão virar todas lésbicas.
Podia eu falar do clima de terror que se vive no meu pseudo local de trabalho.
E em de como eu deprimida tenho andado. A equacionar mortes atrozes sem cadáver.
Mas como ninguém quererá saber de tão triste sina, limito-me a dizer que vivo como um robot. Sim, eu vou a museus, a feiras medievais, a festivais, a concertos, ao cinema, encontro-me com pessoas, sou um ser social. Porém morto e vazio por dentro. E quiçá por fora.