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Da estupidez humana

Poderia escrever um tratado sobre as singularidades do relacionamento humano. Um dos principais highlights é quando se comparam aos animais, julgando-se superiores porque têm a tão evocada (mas tão pouco usada) inteligência. Clareza de raciocínio. Mente. Há até quem lhe chame alma.
Pois eu preferia ser um cão, um gato, um coelho que seja, viver 4 meses, 2 anos, 10; mas não sendo escorraçada de cada vez que tento relacionar-me com a espécie humana. Assim como assim, os animais têm a sua fofura inerente, eu não. Nem têm vontade de me chamar e dizer ah vem cá, desculpa lá, não era contigo, como fazem ao vosso canídeo ou felino quando ele vos vem com a bola cheia de baba e coloca em cima do teclado, ou vos vem dar com a pata para lhe estimularem o ronronar.
A mim ninguém me estimula.
Bem, ninguém não.
Há uma pessoa que estimula e até leva com as minhas bolas de pêlo. Que está sempre para mim, mesmo quando não está. Que é capaz de fazer 400km num dia só porque eu peço. E que mesmo assim está sempre a levar. Mas enfim, ele um dia há-de acordar do encantamento e ir deixar-me ao canil onde me encontrou, so to speak.
E com isto lembrei-me do Lázaro. O Lázaro era o meu bonsai. Uma planta muito desejada. Mas que pereceu, por não o nurteringar como deve ser.
Pois é. Um cãozinho ama incondicionalmente. Sim, ama. Não é aquela coisa da fidelidade estúpida do bicho. Nah, vejo amor, vejo adoração, naqueles olhos. Vejo ofensa quando não correspondo às suas expectativas. Vejo-os a fazerem-se de desentendidos. Oiço o coraçãozinho deles estilhaçar-se quando lhe atiramos com um balde de água mesmo fria, com cubos de gelo aguçadinhos lá dentro. Por isso julgo ter vocação de canídeo. Os gatos são mais "like I care, I don't give a damn".
Mas pronto, sentimentos. Desde pequena que fui educada na senda d"os animais têm sentimentos". Pois têm. E eu também. É bom que se lembrem disso. Não sou uma boneca de trapos que aguenta com tudo porque, enfim, é inanimada, lá está, não tem sentimentos. Nah. Eu oiço coisas, o meu cérebro processa-as, gera emoçõezinhas, que geram dores de estômago, de cabeça, enfim. Fora as dores emocionais. Sim, porque ultimamente isto não anda nada fácil. Eu até sou boa pessoa, não desejo a ninguém aquilo por que passei e por que estou a passar, e mais ainda está para vir, sabiam? Eu até vos deixo em paz, sossegadinhos no vosso canto, se é isso que vocês querem, basta dizer com jeitinho. Deixem-me a mim em paz então, também, e se faz favor.
Não é preciso gritar, ser rude, esquecer-se das boas maneiras que os nosso educadores nos deviam ter incutido. Mas pronto, lá está, isto são devaneios da minha cabecinha. A maneira utópica como Senayuri vê o mundo. Tão parvinha, ela. Tão estupidazinha. Vamos pisá-la, vamos?

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Depois disto, resta-me mal dizer (gosto tanto de maldizer), o pessoal vip das salas de cinema. Nah, não falo do Zé Pedro dos Xutos, que coitadinho, tá tão magrinho. Falo do pessoal que vai pros bancos vip beber minis e atirar garrafas pro chão. E que raio de mania é essa de comentar filmes em voz alta, mas filmes do qual já se conhece o seguimento? Género, ah ya, agora é a parte em que ele engole o chapéu. Ou contar num filme que antes era livro, ah afinal ele é filho do papa e vai acontecer isto e aquilo. Acho que isto é malta com sérios problemas na vida. Défice de atenção. Carência emocional.

E para terminar, fui informada nesta semana que é triste ter um blog sem comentários, porque dá a noção que ninguém lá vai. Ora, pequenas pessoas, ide ver à wiki a definição de blog. Já viram? Good. Desde quando está escrito que é para vocês lerem? Lê quem quer, não preciso de feedback pra nada. Até parece que conto tudinho o que faço aqui, que dou mostras da minha pseudo-intelectualidade, etc etc. Nah. Não me deprimo nadinha. Mas pronto, vá, eu torno a tirar os comentários. Que é pra dar a ilusão de que vem cá BUÉEEEEE gente, só que enfim, não quero feedback. E se calhar também instalo um counter e passo uma hora por dia a clickar no meu url, pra ter muitas visitinhas. E aproveito os vales do google pra me publicitar.
Eu já pensei deixar-me disto. Mas caramba, acho os coelhinhos tão fofos que não tenho coragem.

E pronto, tenho muchness ou não? ;)

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